sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Feliz Natal- 2015!!!!





Feliz Natal- para todos os amigos Knopflerianos que sempre marcam presença aqui no Universo Dire Straits!!!
Um Natal maravilhoso e aconchegante para todos vocês !!!! 

Brunno Nunes.


terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Rock Legends- Dire Straits- Legendado (Português) Edição: Brunno Nunes





Aqui está um presente de Natal para todos os fãs, especialmente os(as) Knopflerianos(as) brasileiros(as).

Rock Legends- Dire Straits- Legendado (Português). Meu agradecimento ao amigo Antonio Paulo.

Espero que apreciem, é mais uma iniciativa do Blog Universo Dire Straits.

Isso deu trabalho pra chuchu! ^^

Comentários sempre são bem-vindos, e ajuda a manter a produtividade! 


Brunno Nunes.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

LOG tour- 1982-1983- Símbolos






Como havia prometido que voltaria em breve com mais detalhes sobre essa magnifica turnê, aqui estão alguns elementos importantes sobre esse período do Dire Straits e que gostaria de dividir com vocês.

No especial que fiz recentemente sobre a LOG tour, eu havia deixando já algumas previas do que iria tratar com mais profundidade neste tópico de agora, eu havia citado sobre a estreai de um certo "modus operandis" que nascia nesse período e que iria marcar profundamente a banda. Separei 5 tópicos marcantes, vamos a eles!







1- Dois tecladistas: É nessa turnê que pela primeira vez surge nos palcos do Dire Straits dois tecladistas, que vão trazer mais atmosferas para as canções. Agora a banda contava com Tommi Mandel, tecladista novaiorquino, que na turnê seguinte foi substituído por Guy Fletcher. Tommy sempre mostrou-se um cara animado em cena com o Dire Straits, apesar dos poucos vídeos com ele na banda, mas o clipe de Twistting by the Poll é bem emblemático com aquela dancinha louca que ele faz!





Mas, o que realmente interessa nesse contexto é o formato, anatomia da banda, como ela vai ganhando outra forma nessa turnê, ouçam Once Upon a Time in the West na MM tour 80/81 e em seguida n LOG tour 82/83, percebam que baita up ocorre com a adição de um segundo tecladista, a meu ver, essa é a canção chave inicial para se perceber essa sutileza da adição de mais um tecladista na banda.



2- Trilha sonora- (LOCAL HERO): Isso é um dos pontos mais extraordinários que vai acontecer com o Dire Straits. Essa trilha sonora foi desenvolvida logo após o álbum LOG está concluído, razão pela qual o álbum e a trilha se harmonizam divinamente, como se Knopfler tivesse indo buscar as inspirações em um mesmo lugar no astral. Suas canções já  possuíam um teor cinematográfico, isso já era evidente, mas, após Knopfler fazer seu primeiro experimento em trilhas sonoras, (que já começou épico, pois Local Hero é um filme bem legal, mas, a trilha sonora desse filme é bem mais brilhante do que o enredo), Knopfler trouxe para o Dire Straits elementos dessa experiência e aplicou isso nos shows ao vivo, tornando o Dire Straits em uma banda cinematográfica, que oferece uma experiência com essa natureza em seus shows, imortalizado no Alchemy, assim como nos bootlegs.



É neste ponto que gostaria de destacar como uma força criativa chamada Alan Clark foi fundamental para que tudo fosse do jeito que conhecemos. Podemos perceber nuances, no mínimo, bastantes curiosas. Observando atentamente qualquer show na íntegra da turnê do Love Over Gold em 1982/1983, percebemos que a banda abria seus concertos com o tema, Stargazer, a antepenúltima faixa da trilha Local Hero. Essa canção foi usada durante todas as aberturas de shows desse período, (isso se estendeu até a primeira parte da turnê do BIA em 1985, os concertos ainda eram abertos com essa faixa). Isso em si é algo muito significativo quanto a um salto qualitativo das turnês anteriores para a turnê em questão, a introdução de um novo elemento sonoro na banda ao se apresentar para seu público, isso deu um charme a mais, um baita up, Stargazer é imponente, é como "as trombetas dos anjos" anunciando o reino dos céus chegando na Terra. (Tenho certeza que a sensação é essa para todos nós quando estamos apreciando o Dire Straits, é como estar no paraíso!) =D


Ainda sobre a trilha sonora e sobre a força criativa de Alan Clark, vejam só vocês como ele consegue trazer para uma canção muita sutileza, dando novas texturas:

Deixo o seguinte exemplo: Once Upon A Time In The West (Alchemy Live)



Percebam os 15 primeiros segundos, esse trechinho de 15 segundos só acontece nas versões de 1983, qualquer versão de 1982 a 1980, a canção inicia com o que ouvimos no ponto 15 segundos. Você pode se perguntar, e dai, isso é bobagem, e eu lhe digo que a pergunta que deveria ser feita é... de onde veio isso? (É assim que eu penso, por isso escrevo tantos detalhes...). Bom, você poderá ouvir esse mesmo pequeno trecho de 15 segundos da introdução de OUAITW  do Alchemy em Going Home- Theme of Local Hero também do mesmo show, no ponto 1:18 min.



Isso é nada mais nada menos um trechinho de Rocks & Thunder, se você reparar bem, essa é a única canção que se repete na trilha sonora de Local Hero, ela surge no começo e no fim da trilha. A mesma dinâmica ocorre nos shows da LOG tour, vemos um pequeno trecho de Rocks & Thunder no início de Once Upon A Time In The West e e de Going Home- Theme of Local Hero. O lance é que o Alan Clark é quem cria essa passagem nova para o tema Rocks & Thunder ao vivo, em estúdio, a canção não vem com aquele arranjo presente nos primeiros 15 segundos de OUATITW ao vivo em 1983.

Então, existem pelo menos três elementos da trilha sonora que estão presentes no setlist dessa turnê:  Stargazer, Rocks & Thunder e  Going Home- Theme of Local Hero.

São nuances e elementos que vão criar corpo e atmosfera dessa turnê, revelando um novo Dire Straits, possivelmente, seu melhor momento e formato!


3- A entrada de um novo instrumento, Saxofone:

É outro ponto interessante e impactante quando consideramos o contexto histórico, é interessante notar que o sax surge sempre depois da primeira metade do show, justamente em uma canção inédita nesse período, Two Young Lovers, mas é em Portobello Belle que uma coisa muito nova vai acontecer.





Uma das coisas mais lindas que já vi no Dire Straits em termos de atmosfera é exatamente esse final de Portobello Belle feito por Mel Collins durante a LOG tour- 1983. Belíssimo, ele é o meu predileto saxofonista. O protagonismo de Mel Collins em Portobello Belle é um show de lindas frases duelando com a guitarra de Mark Knopfler. A ausência desse momento no lançamento do  DVD show Alchemy é um dos maiores pecados que uma banda poderia fazer com seus fãs, muito lamentável que até hoje não pudemos apreciar esse momento em vídeo, pois foi filmado, na edição sobrou esse trechinho acima, durante muito tempo eu pensava que era um arranjo para Tunnel Of Love, mas somente ao me deparar com um bootleg da LOG toure na integra é que pude compreender melhor muitas coisas dessa turnê, foi ai que vi que isso se tratava do final de Portobello Belle fazendo uma ponte com Tunnel Of love.





Aqui vocês vão entender isso melhor, a meu ver é a grande cereja do bolo dessa turnê, no tocante ao setlist e arranjo para uma canção. Como havia citado no espcial sobre essa turnê, Portobello Belle atingira o seu ápice nesse período em uma versão definitiva, é quase uma materialização da letra, verdadeiramente e genuinamente um Reggae Irlandês,(como Mark sempre cita enquanto está introduzindo essa canção) com pitadas de música caribenha e certamente, uma boa pitada da música JAMAICANA Calypso.


O sax permanece até certo ponto da introdução de Tunnel os Love e só reaparece no final de Solid Rock e durante Going Home.


4- A bandana ou faixa na testa- Mais um novo elemento, simples, porém marcante, virou uma especie de marca registrada, a combinação de blazer com assessórios de jogadores de tênis, a faixa ou bandana e as munhequeiras, algo que ganhou grande destaque, observe que outros membros da banda usam as munhequeiras, Jonh e Hal. Os Blazers já eram uados na turnê passada, as munhequeiras já nasceu com a banda, 1978 Knopfler já aparecia.


A caricatura de Mark Knoplfer na capa da coletânea Money for Nothing é muito simbólica sobre o contexto imagem e identidade da banda.



5- Final dos concertos: É algo curioso, a banda encerra com o tema principal de sua recém trilha sonora, com Going Home- Theme of Local Hero, nesse ponto, ocorre algo quase soa teatral: os roadies entram em palco e começam apressadamente a desmontar o equipamento. Sobre isso, Knopfler explica: “Um concerto pode ser uma experiência muito poderosa. No passado, reparei que as pessoas podem alcançar tamanho entusiasmo que saem do espetáculo com a energia ainda a fervilhar e sem lugar onde a focalizarem. Decidimos, propositadamente, anular esse poder e deixar que as pessoas fossem embora de modo mais gentil.”







Enfim, apresentei-vos 5 símbolos marcantes que surgiram nesse período da banda e que fazem a turnê do Love Over Gold ainda mais especial. São elementos que vieram surgir nessa fase da banda e ficaram até a última turnê e alguns deles seguiu até na carreira solo de Knopfler.

Espero que tenham gostado, e não deixem de comentar.

Brunno Nunes.


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Nova Parceria- Mark Knopfler's World






Comunicando uma nova parceria entre o blog Universo Dire Straits e o site Mark Knopfler's World.

Nosso espaço ganhando reconhecimento e destaque no exterior, a reciproca é a mesma, Mark Knopfler's World é seguramente um maravilhoso projeito, feito de fã para fã, assim como Universo Dire Straits.


Obrigado a Zina Bonaventura e a todos que fazem o grupo Mark Knopfler's World.

Um abraço Knopfleriano do Brasil!!!

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Communicating a new partnership between the blog  Universe Dire Straits and Mark Knopfler's World website.

Our place gaining recognition and prominence abroad, the reciprocal is the same, Mark Knopfler's World is surely a wonderful project, made from fan to fan, as well as Universe Dire Straits.

Thanks to Zina Bonaventura and all who make the Mark Knopfler's World Group.

Knopfleriano a hug from Brazil !!!


Brunno Nunes.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Cover- Setting me Up- Dire Straits- Brunno Nunes.



Essa semana dediquei um pouco de tempo aos estudos de uma canção nada fácil de se executar, "Setting me Up", sobretudo, a versão de estúdio do primeiro álbum do Dire Straits, que por sua vez, possui basicamente três guitarras em sua gravação de estúdio, cada uma fazendo uma linha na melódia. 

Aqui estão duas pequenas amostras do que fiz ontem à tarde.

O vídeo 1



 eu tentei fazer exatamente a introdução, pois, esse foi meu primeiro objetivo, em seguida, o fraseado que encerra a canção.


O vídeo 2



É o resultado de uma "loucura" que fiz, tentar executar uma linha de guitarra dessa incrível canção, a qual eu sou um grande entusiasta, mas somente agora me atrevi a me aventurar. 

(Setting Me Up é uma canção onde Mark Knopfler mostra muitas de suas habilidades nas 6 cordas.)

 Eu sou apenas neófito, um mero aprendiz solitário, mas, cheio de vontade de desenvolver essa técnica maravilhosa que tanto estimo e admiro. Tocar Dire Straits é um verdadeiro estudo, quem conhece, sabe o que estou dizendo.

Gostaria de agradecer ao meu parceiro musical, Esdras Reuel , pela paciência e contribuição, ele tem sido fundamental nesse processo, pois com ele, me coloco no exército de ensaiar algumas boas canções e dessa forma posso desenvolver mais e tenho certeza que isso é algo mútuo entre a gente. Em especial, eu meu conterrâneo, Arthur Brendler, a quem eu devo uma boa parcela em aprendizado da técnica Knopfleriana, suas dicas valem ouro pra mim!

Dedicar esse pequeno esboço ao meu primo Vitruvio Campelo, tantas vezes a gente curtiu pra valer esse som nas noites de Sábado em sua casa, através dos vinis em seu toca disco. Inclui também meu irmão Ricardo Marques de Noronha​ e Yuri Rogers​, e porque não, um tal de Alemão, David Thom​, outro grande fã que já curtiu muito som comigo.

Foi uma pena a bateria ter descarregado perto do final, mas, acredito que há algo de substancial no registro, isto é, colocando de lado meus erros... =D


Brunno Nunes.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Canção News é dedicada a John Lennon por Mark Knopfler. Há 35 anos!



08 de Dezembro de 1980, há exatos 35 anos, Jonh Lennon foi assassinado e o sonho de uma possível reunião dos Beatles foi interrompido para sempre!

Jonh Lennon havia lançado seu maravilhoso álbum, Double Fantasy, lançado em Novembro de 1980, poucos dias antes de Lennon ser assassinado, tonando-se o último álbum gravado pelo cantor em vida.






É claro que muitos aqui sabem, mas, é válido lembrar quando Knopfler dedicou a canção News, (do segundo álbum do Dire Straits, Communiqué), a John Lennon no show do Dire Straits em Dortmund, alguns dias depois da morte de Lennon.


Esse registro foi no começo da turnê do terceiro álbum, Making Movies, a canção é apresentada em um formato diferente da versão de estúdio, a presença de um tecladista na banda, Alan Clark, trouxe um novo sabor a canção.  É  notável o tom emocional de Knoplfer durante toda a canção. Dai em diante, Knopfler dedica essa canção em memória de John Lennon, isso ocorre em todos os concertos até o fim da turnê de 1980/1981. Mark também a dedica a Bob Marley nas versões de News de 1981.




É isso, vamos nos lembrar de John através desse nobre momento do Dire Straits! 







Você pode apreciar o show completo em uma qualidade excelente no link acima,  News fica no ponto [00:22:08]

Brunno Nunes.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Southbound Again- Em busca do groove nos dedos!!!



Hoje eu fiz um pequeno experimento em uma música que sempre pelejei executar, devido ao seu estilo e pegada, elementos de Funk, Country, Jazz... 

Sempre achei esse riff de guitarra um encanto, delicioso e ao mesmo tempo um tanto complexo de se executar, principalmente cantando ao mesmo tempo. Então, no exercício de por em prática o meu estudo da técnica Knopfleriana de fingerpick, me aventurei um pouco em Southbound Again e obtive alguns bons resultados, a meu ver e gostaria de compartilhar com os amigos, principalmente os guitarristas, para análise e apreciação, Obs: (Eu comecei a estudar pra valer esse riff de ontem pra hoje.)

Como vocês podem ver, a guitarra está desplugada, o som é seco e puro, meu cubo está com defeito, mas isso não é problema, a gente se vira nos 30... =D
Em busca do groove nos dedos!!!!

Today I did a little experiment in a song that always wanted to perform because of its style and footprint, Funk elements, Country, Jazz ...

Always thought this guitar riff a charm, delicious and at the same time somewhat complex to implement, mainly singing at the same time. So in the exercise to put into practice my study of Knopfleriana of fingerpick technique, I ventured a little Southbound Again and got some good results, I believe and would like to share with friends, especially guitarists, for analysis and assessment, Note: (I started studying in earnest this riff from yesterday to today.)

As you can see, the guitar is unplugged, the sound is clean, dry, my cube is defective, but this is no problem.


(In search of the groove on the fingers !!!!)



Brunno Nunes.

Singularidade musical- Dire Straits


Antes, gostaria de introduzir o leitor a premissa da palavra panorama.

Conta-nos o dicionário que:
Panorama é uma ampla vista geral de uma paisagem, território, cidade ou de parte destes elementos, normalmente vistos de um ponto elevado ou relativamente distante.

Eu destaquei essas palavras em negrito, justamente para explicar que eu tive que me distanciar no tempo para perceber (vista, perspectiva) em detalhes as características sonoras do Dire Straits. Para minha felicidade,  isso é um processo que ainda está em construção, muitos outros detalhes serão naturalmente percebidos com o decorrer do tempo, porém, já é tempo de expor um pouco mais de um conjunto de minhas perspectivas, desta vez, acerca de uma característica  marcante do Dire Straits e que curiosamente passa despercebido por alguns fãs, não obstante, o que trago não será nenhuma grande novidade, mas, algo que como fã da banda, me deixa muito orgulhoso de saber.

O Dire Straits é uma banda de singularidades, a começar pelo seu formato, onde tudo parece girar em torno do compositor, guitarrista solo, vocalista, o líder da banda, Mark Knopfler, poucas bandas no cenário do classic rock possuem uma concentração tão abundante em um único individuo. Neste sentido, podemos perceber que, apesar da banda contar com músicos de grande relevância em sua estrutura e proposta musical como Alan Clark, Pick Whiters, Paul Franklin, David Knopfler e Terry Williams, ou seja, músicos que marcaram profundamente a sonoridade da banda, deixando de fato suas "impressões digitais", Mark Knopfler consegue manter tudo em torno de sua grandiosa capacidade criativa, como um astro rei (sol) exercendo sua força gravitacional no sistema planetário que o cerca. 




Vamos além de outras peculiaridades da banda, muito já se falou sobre o estilo de Knopfler de tocar guitarra, sem dúvidas, a grande assinatura da banda. Dentre outros aspectos, hoje, eu gostaria de destacar um elemento fundamental e muito característico do Dire Straits, sua incrível capacidade de se recriar, a faculdade de transformar uma canção em uma outra canção, e não estou falando de versões de música de outras bandas ou artistas, me refiro as suas próprias canções.



 Os bootlegs possuem a dádiva de revelar a banda por completo, pois vai além do que foi construído em estúdio, para o Dire Straits, ao vivo tudo muda, suas músicas sempre ganham novos arranjos, uma mudança de tom, a inclusão de um novo instrumento na canção, uma simples mudanças de guitarra de Mark vai trazer um novo timbre, novo sabor, já que este elemento é um dos pontos centrais da musicalidade da banda. Eu já tive a oportunidade de apresentar algumas evoluções musicais, onde eu mostrei o desenvolvimento de uma canção partindo de seu estado puro, até seu estágio mais superproduzido, mostrando um panorama onde podemos apreciar toda a evolução da canção dentro da trajetória da banda. Entretanto, quantas bandas possuem essa façanha? Todo fã do Dire Straits tem o mínimo de bom gosto possível e está conectado a outras grandes bandas que são unânimes no que se refere a qualidade, eu mesmo sou um grande fã de bandas como Pink Floyd, Beatles, Rush, Yes, Eagles, Bread, Creedence, Led Zeppelin, Queen, Camel, The Police... Sem desmerecer absolutamente em nada a grandiosidade destas bandas, mas, nenhuma delas  foram tão longe nesse processo de recriar sua própria canção como o Dire Straits, destas que citei acima,. provavelmente o Police fez algo perto do semelhante, mas, nada igual ao DS ao vivo, basta citar o seguinte, quantos formatos existem para lindas canções como: Time ou Comfortably Numb, do Pink Floyd? Assim como Echoes, Money, Shine On You Crazy Diamond, Wish You Were Here, The Wall... E quanto a grandes clássicos do Queen como: Bohemian rhapsody, We Will Rock You, We Are The Champions, Crazy Little Thing Called Love,  Radio Ga Ga? Da mesma forma, o Led Zeppelin: Stairway To Heaven, Since I've Been Loving you, The Song Remains the Same, Kashmir, Dazed and Confused... do Rush:  Tom Sawyer, Red Barchetta, Xanadu, The Spirit Of Radio, Subdivisions, Time Stand Still, Red Sector A...

Evidentemente que eu sei que alguma dessas canções sofreram alguma metamorfose em algum ponto da carreira dessas bandas, contudo, nada enfático, nada com a ousadia com que o Dire Straits fez no decorrer de todas as suas turnês. Vejamos por exemplo a canção Sultans of Swing, de seu estado puro, 1977 a 1979, a todos os formatos e experimentos categóricos que essa canção foi trabalhada até chegar os dias atuais, muito foi feito por ela, estendeu-se a canção, de 5:48, foi para casa dos 8:00, 9:00, chegando a 14:30 em 1996. Há versões com a presença de órgão hammonds e sinterizadores (80/83), versões com presença de saxofone (85/92), versões que misturam vários formatos, formato clássico, dois guitarristas, um baixista e um baterista, contudo, extensa e com elementos novos no baixo e guitarra e cruzam com antigos arranjos que fizeram história na banda (2001-2015). O que dizer de uma canção como Portobello Belle? De seu estágio inicial no álbum Communiqué ao Reggae Irlandês, como Mark sempre citava enquanto estava introduzindo essa canção durante a turnê do Love over Gold, 1982-1983. A transformação de Wild West end One World durante a BIA tour 85/86; Angel of Mercy durante a turnê de 1980-1981, definitivamente reformuladas; 



Tunnel of Love
de 80 a 92, (chegando a ter 24:30 durante a turnê do Brothers in Arms em 1985, ou seja, o triplo da versão de estúdio);  as texturas sonoras de Romeo and Juliet de 1980, até hoje é tocada; a belíssima versão calypso-acústica de So Far Away em 1986 e posteriormente em 1993 com os NHB; os formatos de Once Upon a Time in the West, Expresso Love, Solid Rock, News, Lions, Donw to the Waterline, 
 Where Do You Think You're Going; o que foi feito em Water of Love na primeira turnê dos Notting hillbillies em 1990, e durante a primeira turnê solo de MK em 1996...

Neste sentido é como se o Dire Straits fosse um discípulo do grande  Bob Dylan, mestre em se reinventar, o que de fato é muito verdade, uma vez que Knopfler foi e é profundamente influenciado por Mr. Dylan.




Acredito que podemos considerar que o Dire Straits possui uma capacidade extraordinária de se recriar, Knopfler falava que o palco é o lar do Dire Straits, podemos notar que de fato, o palco era o ambiente onde a banda sempre mostrou sua totalidade, mostrando sempre que é possível ousar e trabalhar a canção em outras perspectivas sem perder o espírito, e trazer novos sabores, sensações e emoções através de novas atmosferas, ou seja, dando o melhor para a canção e usando-a como veículo de sua arte, sua técnica guitarrística, por sinal, isso é um fator que o difere dos tempos atuais, hoje ele não usa mais as suas canções para mostrar seu técnica, hoje ele trabalha muito mais em torno de servir a canção em si, dando mais ênfase e espaço para outros músicos atuarem em função da canção do que torná-la como veículo de sua técnica, como nos tempos do Dire Straits.





Ele hoje parece não se importar mais com isso, aprimorou seu lado compositor e cantor, e segue em um padrão indiscutível de qualidade, continua recriando suas próprias canções, existe alguns formatos de canções de sua carreira solo como What It Is, Sailing to Philadelphia, Coyote,  Postcards from Paraguay, mas, tudo muito modesto em comparação a sua forma de atuar com o Dire Straits, a mais ousada até então é o quer foi feito na canção Marbletown, que veio ficar realmente muito notável nesta última turnê de 2015.
  
Não deixe de comentar se concorda, se discorda, a transmissão de ideias só é válida com a participação!

Brunno Nunes









quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

ROGER SCOTT TRIBUTE- Mark Knopfler & Guy Fletcher - Feel like going home (live)


(Mark- Randy- Roger Scott)


(Roger Scott, The Randy Newman e Mark Knopfler)

Trata-se de um registro muito precioso, eu desconhecia o registro em vídeo, possuía apenas o áudio desse evento. Esse registro veio ser publicado recentemente no youtube, há poucos dias e quando eu vi, fiquei muito feliz e é claro, não podia deixar de compartilhar com todos vocês!

Este concerto foi realizado no Abbey Road Studios em 7 de dezembro de 1989 como uma homenagem ao falecido, grande DJ Roger Scott, que enfeitou as ondas de rádio na Rádio Capital e Radio 1.
Apresentado por Alan Freeman e artistas incluindo Cliff Richard, Chris Rea, Mark Knopfler, Dave Edmunds e Mark Germino.

Um pouco sobre o homenageado e sobre o evento em questão:


Roger Scott (23 de outubro de 1943 - 31 de outubro de 1989) foi um respeitado disc-jóquei de rádio britânica . Ele era mais conhecido por apresentar um programa de rádio pelas tarde que se chamava London's Capital Radio,  de 1973 até 1988. Em junho de 1988, depois de quinze anos com a Capital Radio, ele se mudou para BBC Radio 1. Lá, ele alcançou um público nacional pela primeira vez, apresentando um show de tarde no Sábado e no domingo um show de fim de noite. O show de Sábado contou com entrevistas com diversos artistas, incluindo Mark Knopfler. Os shows do domingo foram com 1950 rock'n'roll, soul, rock clássico e música mais contemporânea. Último show de Roger Scott foi no domingo 8 Outubro de 1989,  infelizmente ele faleceu no dia 31 do mesmo mês  com apenas 46 anos, após uma breve batalha contra o câncer


 Mark Knopfler e Guy Fletcher estão presentes neste tributo e tocaram uma versão ao vivo de Feel like going home com Mark nos vocais. Mark tem um discurso muito emocional, falando sobre fazer o álbum Notting Hillbillies e especialmente a última música Feel like going home. Essa música tem um significado muito especial, porque Mark queria que Roger tivesse a oportunidade de ouvi-la, mas infelizmente ele faleceu antes da gravação dos Notting Hillbillies ser concluída.

Aqui está a parte que realmente nos interessa, a performance de Mark Knopfler.

Eu espero que apreciem, não é todo dia que se encontra essas coisas, a performance é muito bonita, Mark a interpreta muito bem, sua voz está excelente, com direito ao "timbraço" fenomenal de sua recém  Pensa-Suhr!




Brunno Nunes.


segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Dire Straits- Werchter festival" 1981





Não podia deixar de fazer alguma consideração a respeito desse show, pois ele é bastante representativo no tocante a Making Movies tour.



Werchter festival foi o penúltimo show dessa turnê e é um concerto especial por vários motivos, 1- É o último registro em vídeo com Pick Whiters na banda; 2- O timbre da guitarra de está diferente nesse show e sobre isso, Ingo Raven fez um excelente artigo, o qual vale apena conferir> http://www.mk-guitar.com/2015/09/14/strange-guitar-sound-on-the-werchter-1981-recording-did-mark-mix-direct-out-and-microphone/





A ordem das canções não está correta, a emissora de tv editou e transmitiu dessa forma.
Infelizmente até o momento não foi liberado a transmissão desse concerto na integra, (eu não sei se realmente existe), ao menos existe a transmissão de rádio que é quase 100% na integra, com exceção das três últimas músicas que foram gravadas por alguém na plateia.


Reparem que após o final de Expresso Love ainda há podemos ter um vislumbre da introdução de Down to the Waterline, infelizmente foi cortada. Em seguida, há uma parte instrumental, erradamente é vista por muitos como Private Investigations (instrumental parts), um equivoco, pois trata-se do final da música News e nada mais que isso, basta conferir qualquer versão de News nessa turnê possui esse final, que futuramente foi usado para Private Investigations.



Estranhamente Lions não aparece nem na transmissão de rádio desse concerto, isso é muito estranho, uma vez que ela está presente em todos os bootlegs completos dessa turnê. Eu acredito que sem dúvidas ela foi tocada em Werchter festival" 1981, não vejo razão de não tocarem, quem sabe um dia surge algum registro dessa versão.



Momentos curiosos ocorrem nesse curto registro, notavelmente a banda está em um êxtase, Mark e Pick bem mais descontraídos do que normalmente, a dança que Pick faz na introdução de Expresso Love é no mínimo inusitada, ele sai correndo e mostra sua bunda pra câmera e sai rebolando, Mark não segura os risos e neste show está bastante comunicativo com a plateia. Logo em seguida, no final de Sultans of Swing, Mark vem andando numa especie de passarela no palco e vai até o cameraman e faz uma graça, então volta correndo, mostrando muita empolgação. Enfim, são momentos únicos, fico imaginando o que deve ter acontecido de inusitado neste e em outros concertos que não foram filmados. É uma pena não ter sido filmado na íntegra, considero que Werchter festival" 1981 está no top 10 dos concertos mais importantes do Dire Straits.


Confiram o áudio completo desse maravilhoso concerto.




Brunno Nunes.

domingo, 29 de novembro de 2015

Um olhar sobre a Making Movies tour 1980-1981.- (Revisado e atualizado)


Já que é a turnê que vem sendo menos votada, atualmente com 4 votos, apenas 8% , eu vou tentar dar uma "moralzinha" a essa turnê.  ^^


Nesse tópico, tentarei destacar com profundidade alguns aspectos que vão ajudar a entender melhor a turnê do Love Over Gold.

Para isso, devemos mergulhar profundamente na turnê do Making Movies ou On Location tour- 1980-1981.




1-  Para compreender melhor o Dire Straits durante o álbum Love over Gold e respectiva turnê é preciso conhecer bem a turnê do Making Movies (1980-1981). Em Making Movies houve uma clara mudança estruturais, das quais influenciou imediatamente a sonoridade da banda. A ruptura com a sonoridade Fender Stratocaster dos irmãos Knopfler, a adesão das Schecters, (segundo Knopfler, uma guitarra mais potente e sofisticada), a entrada de dois novos membros, sendo um desses, um novo instrumentista, um tecladista, pianista, um músico que vai mudar pra sempre a sonoridade do Dire Straits, é claro que vocês sabem de quem estou falando, Alan Clark. Suas contribuições são imensuráveis, membro ativo no processo de construção e reconstrução de uma gama de canções antes e contemporâneo ao seu período na banda.

1.2-  Fazendo um pequeno recorte temporal, observamos a turnê do Making Movies 1980-1981 e algumas de suas características mais marcantes. É fato que tal turnê se configura como o período experimental, basta analisar na integra qualquer bootleg do início da turnê em 1980 (Boston 1980) e um outro na íntegra em 1981 (The best rock 'n' roll orchestra), é de certa forma impactante ouvir as canções dos dois primeiros álbuns adaptadas ao novo formato da banda, tendo o protagonismo categórico do Alan Clark. Eu costumo dizer que ele é um autentico criador de atmosferas sonoras, habilidoso como todo gênio, sensível e criativo, perfeito para o Dire Straits. Knopfler tinha um grande aliado no processo de suas canções. 


(Alan Clark recém chegado ao Dire Straits- Setembro de 1980. Uma dupla implacável com alto teor de criatividade, em prol da boa música)

Sobre sua entrada para o Dire Straits.

Para incrementar, retirei um trecho retirado da biografa autorizada da banda, por Michael Oldfied, vejamos o que Alan disse sobre sua entrada aos DS:  "Eu conhecia a banda, muito embora não me despertasse grande interesse, porque era só guitarras. Mas não desagradava. Eu e o Mark trabalhamos as partes de teclado em conjunto. Por vezes, eu tocava uma coisa e ele dizia, ‘ótimo, usa isso’. Achei-o bastante cordial.”

(Lembremo-nos que na altura, ele estava falando especificamente dos dois primeiros álbuns, pois eram os únicos lançados até então.)

2- Vejamos agora o repertório de um show da On Location tour- 1980-1981

Once upon a time in the west
Expresso love
Down to the waterline
Lions
Skateaway
Romeo and Juliet
News
Sultans of swing
Portobello belle
Angel of mercy
Tunnel of love
Telegraph road
Where do you think you're going?
Solid rock

Outras canções interpretadas nessa turnê: (Em 1980)
Les Boys
In the Gallery
Wild West End
Single handed sailor

Observem as canções em negrito que destaquei, é através delas que irie abordar essa turnê e no final vocês vão entender melhor essa turnê, bem como a conseguinte, LOG tour 1982-1983. Percebam que elas são canções dos dois primeiros álbuns. Essas 11 canções tiveram suas estruturas alteradas, novos arranjos foram experimentado em ambas, é uma turnê extremamente curiosa por haver mudanças substanciais, pois além da apreciação das canções novas, oriundas do álbum em que a turnê se baseava, o público iria contemplar TODAS as outras canções em um novo formato. As mudanças mais expressivas estão a meu ver em disparada na canção Angel of mercy, completamente reformulada, mudam-se as notas, a interpretação, os arranjos, mais parece uma outra canção, pouco se assemelha a versão de estúdio. Mark usa sua Burns Baldwin de 12 cordas.










(Sem dúvidas a melhor versão dessa canção nessa turnê)


Destacaria ainda a canções como Single handed sailor, In the Gallery, ambas ganharam uma atmosfera que flerta com o Funk, (o groove sempre foi uma constante na formação original) razão pela qual, essas duas canções em essência funcionam melhor,em minha opinião, com a formação original, a começar pelo fator timbristico, elas simplesmente acontecem com uma Fender Stratocaster.








Para além, temos uma Portobello belle em um ritmo mais acelerado, mais Rock.

Ao que tudo indica, Mark usa sua Telecaster Custom (sunbust) no começo da turnê, ainda em 1980,


Podemos ver o capotraste na guitarra de Mark Knoplfer em ambas as fotos, sempre presente na 5º casa. Se não for Portobello Belle, meu palpite é que seja Wild West End, pois ela foi tocada apenas nos shows de 1980, afinal, ambas são da mesma "família", não era a toa que em 79 havia uma ponte entre elas presentes nos shows da segunda turnê Americana em diante.


Sabemos que nos shows de 1981, Mark usa uma Rickenbacker em Portobello Belle, abaixo algumas fotos raras que disponibilizo para análise e apreciação de algum momentos dessa canção em 1981.


 Momento do solo final executado por Hal Lindes.





(Aqui está uma outra foto rara do backstage em Vigorelli, Milan, Itália, 29 de Junho- 1981, onde podemos observar as guitarras. Destacando a sua Rickenbacker.)






 Porém, das inovações que marcaram esse período experimental, a meu ver, o maior mérito está no que a banda fez por essas 4 canções Down to the waterline, Lions, News e Where do you think you're going. Se alguém me perguntar, as versões de Down to the Waterline que eu mais gosto, eu responderia que as versões da formação original, aquele efeito das buzinas de navio que Mark faz no começo da introdução, os efeitos de phaser por David Knopfler e o timbre das Fenders são coisa impagáveis, (a versão do bootleg Amsterdam 79- (04-11-79) possui a melhor introdução de todos os tempos dessa canção.) contudo, eu não posso esquecer que Alan Clark vem ambientar essa canção de uma forma brilhante, ora com o sabor "aveludado" do órgão hammond, ora com lindas passagens de piano.



A versão do Live in Dortmund- 1980 é valiosa para análise. É cabível citar que essa levada, com um ritmo mais rápido, (diferente por exemplo da versão do Rockpalast 79), esse formato teve sua origem ainda no final da turnê do Communiqué, basta conferir a versão do BBC Arena (formação original), nessas versões, podemos nos deparamos com diferentes  nuances, a começar do clima mais definido de progressivo no ar, justamente na introdução, por outro lado, o timbre da sua Schecter em 1980 ainda não estava bem definido, apenas em 1981 ele muda a captação dela e ai fica um pouco mais aprimorado, contudo, ainda nada comparável ao timbre que vai ocorrer na LOG tour.

Mas, para mim a cereja desse bolo é Lions. É aqui que algumas coisas surgem de forma mais substancial em termos de atmosferas sonora. Nas versões de 1980 contemplamos uma ponte perfeita entre Down to the Waterline e Lions, além disso, uma enfase no órgão hammond vai deixar a canção mais sofisticada. Outros dois pontos que chamo atenção nessa canção é (1) a adição de novos acordes para o final, outrora era feito em A (versões da formação original), nesse período a banda adicionou o acorde de F e G, ficando a seguinte sequencia F-G-A. Isso pode parecer bobagem, mas resulta em um novo clima para a canção, para maior absorção dessas nuances eu estou deixando o show Dortmund 80 com uma boa qualidade. Na descrição do vídeo, cliquem em 03. Lions [00:15:01] e vão direto ao ponto. Reparem a construção harmonica que vai iniciar no ponto 18:50 min., justamente quando inicia o solo, percebam como essa atmosfera que vai se criando, principalmente quando chega as mudanças de acordes ( F-G-A), vai remeter ao solo final da canção It Never Rains ao vivo em 1982!




Em 1981:



Ainda sobre Lions (2), em 1981, ainda com muito gás, eles aprimoram a introdução, a canção fica mais sofisticada, ainda mais ambientada, percebam os sons de sinos logo na abertura da canção, tudo feito por Alan Clark. É lindo de ouvir, sabendo que eles estão manifestando na parte instrumental elementos que fazem parte da letra: (Church bell clinging on trying to get a crowd for evensong), os sinos da Igreja de St Martin in the Fields, em Londres. Por isso que sempre que eu ouvia Lions ao vivo em 81 associava com aqueles sons de órgãos sempre presentes em mosteiros beneditinos, bem como igrejas anglicanas. Percebam que esse órgão vai se fazer presente no fundo musical da canção inteira, ele começa a ganhar mais enfases no fim do primeiro solo e início da última estrofe, depois Alan usa o piano, enfim... é mais uma canção de rara beleza que teve seu último suspiro nessa turnê.





(Reparem o final de Lions em estúdio, ou ao vivo entre 78/79 e depois ouçam atentamente a introdução da canção Communiqué) ^^

News e Where do you think you're going, ambas vão ganhar novas texturas e consequentemente, novas atmosferas. News será apresentada com um mudança de acorde, ao invés do segundo acorde de Bm é tocado o acorde de G, suponho que tenha ligação com a função de notas relativas, deixo essa parte para os mais capacitados do que eu para abordar (Arthur, meu filho, cade você). Pequenos detalhes que somados a outros vão criando um novo clima e a canção vai amadurecendo, a canção é interpretada com mais calor, não obstante, outras grandes novidades acontecem em News, especificamente em seu final. Nesse ponto eu gostaria de chamar muito a atenção de todos, pois reside aqui um grande elo de ligação com o próximo álbum (Love Over Gold) bem como sua turnê, o final de News vai originar um dos maiores clássicos do Dire Straits. Tendo como referência a versão de News do show em Dortmund 1980, vemos perfeitamente o por quê dessa ser uma fase realmente experimental, observando o final de News, a gente consegue deduzir a razão dessa canção não ter continuado na próxima turnê. Knopfler simplesmente aproveitou a construção feita em seu final no decorrer da turnê e quando foi elaborar o próximo álbum, Love Over Gold, usou a melodia feita para o final de News para ser o final de uma nova canção, Private Investigations. Evidentemente que a presença de Alan Clark, mais uma vez, foi fundamental no processo de criação.


Where do you think you're going, canção sempre muito aguardada nos shows dessa fase, a banda consegue realizar um feito realente impactante, novamente, Alan Clark é quem vai dar o tom diferencial, ele vai criar novamente uma atmosfera incrível junto com Mark. Observem que a canção vai ganhar dois momentos com solos extras, um feito por Alan e seu sintetizador e em seguida Knopfler executa um outro dramático solo antes da última estrofe. O solo final é de fato tocante e apoteótico, podemos apreciar nessas duas impecáveis versões:







(Admito que Lions e Where do you think you're going são as minhas prediletas dessa turnê.)


Como vocês perceberam, eu fiz questão de usar apenas as canções dos dois primeiros álbuns para trazer novas perspectivas acerca desta turnê, fundamental para poder compreender melhor o que é o show Alchemy, bem como toda a LOG tour 82-83.

De toda essa safra de canções que abordei, as únicas que sobrevivem e seguiram para a turnê do Love Over Gold foram: Once upon a time in the west, Sultans of swing e Portobello Belle. 

A experiência que a banda adquiriu na turnê entre 1980-1981 serviu de alicerce tanto para a produção do novo álbum, como para a estruturação da LOG tour.. Once upon a time in the west, Sultans of swing e Portobello Belle foram novamente reformuladas na LOG tour 1982-1983 e na minha opinião, chegaram em seus respectivos apogeus, ápices, status quo. Para mim, a LOG tour 1982-1983 representa o equilíbrio perfeito, tanto da estrutura da banda, como a estrutura de todas as canções tocadas nessa turnê, com a única exceção, Private Investigations, eu amo as versões de 82-83, mas tenho que reconhecer que esta foi amadurecendo até 1992, dez anos depois de ser escrita, é na OES que ela atinge seu clímax maior, também é uma questão de opinião.

Entretanto, o Dire Straits durante a Making Movies tour mantém uma notável e natural conexão com os dois primeiros álbuns, o que torna uma turnê muito especial do ponto de vista de se observar como soam as canções mais antigas com as novidades que a banda estava disposta a trazer em sua sonoridade, com a inclusão de um tecladista, este que só veio somar ao que já era bom e elevar a sonoridade da banda a um patamar sem precedentes durante os anos 80' e início dos anos 90'. Outro ponto fabuloso é que esta é a última turnê com o grão mestre das baquetas, Pick Whiters, ele é a grande força que vai manter o elo entre os novos e os velhos Dire Straits, todas canções soam com uma pegada inimitável, sempre rico em sutilezas.



É interessante notar que  o mesmo processo que ocorreu com as canções dos dois primeiros discos durante a turnê de 80-81, acontecerá com as canções do Making Movies durante a turnê do Love Over Gold 82/83, Expresso Love, Romeo and Juliet, Tunnel of Love e Solid Rock ainda mais lapidadas e melhor estruturadas. Eu diria que Romeo and Juliet e Solid Rock em seu melhor formato, Expresso Love e Tunnel of Love são magnificas na LOG tour, mas, reconheço que foi na BIA tour 85/86 que ambas atingiram seu apogeu!

Notem esse detalhe, uma característica marcante que a banda já mostrou, desde a segunda turnê, sempre procuraram ousar e transformar suas canções. Knopfler segue sua carreira solo com essa caraterista também, contudo, de maneira bem mais modesta e discreta.





Enfim, essas foram as nuances da MM tour 80-81 que gostaria de trazer para vocês, eu espero que tenham gostado, não deixem de comentar aqui no blog suas considerações, criticas, é muito importante é para mim, eu não seria completamente feliz guardando minha experiência de fã apenas para mim, gosto de compartilhar, por isso criei esse blog há 8 anos e venho tentando trazer luz há vários  aspectos que compõe o Universo Dire Straits!

E guardem, eu ainda voltarei com mais novidades sobre o Dire Straits e a turnê do Love Over Gold.



(Dire Straits no sertão pernambucano, Maio de 1981. Brincadeira ^^ )

Fraternalmente

Brunno Nunes.