Nós sabemos o valor da boa música, somos fãs do Dire Straits e Mark Knopfler!
(We know the value of good music, we are fans of Dire Straits and Mark Knopfler!)
quarta-feira, 18 de abril de 2012
The Straits- Portugal- Março- 2012
Venho trazer uma materia sobre o concerto dos Straits em Portugal realizado em Março-2012.
Gentilmente cedido por Sérgio Costa, grande fã português do Dire Straits e Mark Knoplfer e também visitante habitual do Blog Universo Dire Straits, ele se fez presente no concerto, teve o privilegio de conhecer Alan Clark e Chris White e produziu o texto que segue, contendo suas perspectivas e considerações acerca dessa ocasião.
Lisboa 23 de Março de 2012
Foi com alguma surpresa que há já algum tempo atrás percebi que a esmagadora maioria do elementos que fizeram parte dos Dire Straits andavam em actividade. John Illsley, Alan Clark, Chris White, Phil Palmer tocaram juntos, ao mesmo tempo que Knopfler, Danny Cummings e Guy Fletcher andavam em Tour a promover "Get Lucky". Isto quer dizer que apenas faltavam Chris Whitten e Paul Franklin para completar a formação que realizou a "On Every Street World Tour".
Não sei se antes ou depois, mas o certo é que Illsley anunciou que Knopfler recusara voltar a reunir os Dire Straits alegando estar motivado para continuar a sua carreira a solo. Com toda a saudade que é inerente à vontade de voltar a ver a minha banda preferida a tocar junta eu entendi a opção de Knopfler e ainda hoje é merecedora de todo o meu respeito.
Com aficcionado agrada-me a forma impunente como os Dire Straits colocaram um ponto final ao seu ciclo. Sairam por cima, todos saimos por cima, porque todos temos as melhores recordações dos concertos da "On Every Street World Tour", digressão da qual tive o previlégio de ver 2 concertos.
Depois surgiram os The Straits, provavelmente uma banda resultante da "teimosia" de Alan Clark, um músico com longevidade dentro da banda e com inegável carisma. Estranhei e à primeira vista não gostei. Pesquisei, vi uns vídeos e achei tudo estranho. Ainda hoje acho estranho e não sei explicar porquê.
Quando em Outubro foram anunciadas 2 datas da digressão dos The Straits para Portugal não hesitei em comprar bilhete, afinal era uma possibilidade de poder voltar a ver Alan e Chris em acção, músicos que prezo como sendo de top e parte integrante das minhas canções preferidas.
Ontem, chegou o dia, foi o grande dia. O local foi a aula magna, sala que curiosamente fica na mesma avenida entre o Estádio de Alvalade e o Campo Pequeno. Digo isto porque foi no velhinho estádio do Sporting que os Dire Straits tocaram pela primeira vez em Portugal e porque nas duas últimas vezes que MK veio a Portugal tocou no praça de toiros do Campo Pequeno.
A Aula Magna encheu de entusiastas saudosistas com plena vontade de vibrar com as canções de uma banda que se quis enorme em todo o planeta.
Em palco, Alan Clark (teclas), Chris White (sax e voz), Steve Ferrone (bateria), Jamie Squire (teclas, congas, guitarras e voz), Terence Reis (Voz e Guitarra), Mick Feat (baixo e voz), Adam Philipps (Guitarra e voz). Frente ao palco uma sala lotada composta por 2 mil espectadores.
Gostei do som da banda do alinhamento do concerto, dos músicos, da guitarra fantástica de Terende Reis, mas honestamente eu acho que existem canções às quais só a voz de Knopfler se aplica. Brothers in arms por exemplo é o caso mais gritante, onde a voz de Knopfler confere uma sonoridade rouca, também Romeo and Juliet é um desses casos. Tirando este aspecto dou todos os méritos à criatividade da banda. Terence é um excelente guitarrista, tem chama e tem o estilo Knopfler.
Ontem também tive a privilégio de ver pela última vez o Drummer Steve Ferrone tocar pela última vez com os The Straits. Alan Clark anunciou que Steve vai regressar para a sua banda, Tom Petty & The Heartbreakers. Um baterista virtuoso que durante alguns anos acompanhou Eric Clapton nas suas digressões.
Como habitualmente o concerto ao som de Private Investigations, um tema épico dos Dire Straits que Knopfler tem deixado de fora das suas digressões. Private apareceu com novos arranjos embora mantendo a estrutura apresentada na Street tour.
Seguiu-se Walk of Life, canção popular que tem o condão de animar a malta.
Telegraph Road, outro tema épico, com Terence a ir buscar muitas partes da sua vocalização ao original de Love Over Gold.
Romeo and Juliet, onde faltou a voz de MK, Destaque, claro está, para o solo de sax de Chris White, intensamente aplaudido.
Tunnel Of Love, outra canção que Knopfler teima em não recuperar e que esteve ao melhor nivel. É outra das minhas canções preferidas.
Your latest trick, canção que sempre se destacou pela melodia do Sax de Chris.
Até aqui o alinhamento tinha passado por apenas 3 albuns dos Dire Straits, Love Over Gold, Making Movies e Brothers in Arms.
Chegou a vez de Communiqué, uma canção recheada de roupagem nova com Terence a dar ínicio à canção e com os colegas a entrar pouco a pouco.
Two Young Lovers, regresso ao puro som Rock N´Roll e uma passagem por um disco que há muito está fora de circulação comercias, falo do EP "Twisting by the pool. Aqui mais uma vez Chris teve oportunidade de mostrar que continua em grande forma.
Brothers in Arms, canção que dispensa qualquer tipo de apresentação. Uma nota para o facto de na parte final Chris introduzir o seu sax na canção.
Sultans of Swing, a jóia da corôa, a canção que se transformou num êxito intemporal. Sonoridade mais agressiva e veloz. A noite foi sempre animada, mas Sultans conseguiu levar a Aula Magna ao rubro.
Pelo meio destas canções surgiu um tema original denominado "Jesus Street".
Para o final, Money for Nothing, entoada em côro e Portobello Belle, num regresso ao algum de 79 "Communiqué". Nota de destaque para a vocalização superior de Squire, o mais novo membro da banda que tal como Alan disse é um multi instrumentista que tem um futuro enorme à sua frente.
Deixo o principio para o final.
Cheguei cedo à zona da Aula Magna, fui almoçar e pouco depois ao passar pela zona onde estavam estacionados as viaturas que acompanham a banda deparei.me com Chris White deitado na relva a apanhar sol. Esperei um pouco e na primeira aberta cumprimentei-o. Trocamos 2 dedos de conversa e uma rapariga chinesa que passava registou o momento.
Alguns minutos mais tarde fui tomar café ao bar da Aula Magna e deparei-me com Alan Clark.
Dois momentos únicos, que só os genuínos Straits podem entender.
Envio um grande abraço a todos os amigos que acompanham o blogue UNIVERSO DIRESTRAITS. Um grande abraço para ti BRUNNO, que teimas em manter a chama Strait acesa. O trabalho que tens feito no teu blogue é algo fantástico, é uma fonte de conhecimento e de enriquecimento do conhecimento sobre a nossa banda e os nossos músicos. Sei que neste momento tens outras prioridade que te limitam o tempo, mas espero que nunca deixes de lado este teu projecto.
Gostaria de agradecer a ti Sérgio pela contribuição, gostei bastante do texto e das fotos, agradecer também pelo reconhecimento e consideração.
Fraternalmente
Brunno Nunes.
Muito, muito bom! Eu não pude ir :( Mas estive presente nos concertos do MK, nomeadamente dois na RFM para cerca de 40 pessoas, foi demais!
ResponderExcluirAbraço Bruno!