sexta-feira, 30 de setembro de 2011
The Golden Demos
Um pequeno brinde para os Knopflerianos que ainda não tem esse interessante registro! ^^
Additional comments
This is a totally unique recording! Taken from the soundboard during the Golden Heart sessions somewhere in 1994-1995. No wonder he's confused did not make it on any album (so far...). Secondary Waltz was not used for many years until it surprisingly appeared in 2007 on Mark Knopfler's fifth solo album Kill to get crimson. The songs I'm the fool, Done with Bonaparte and A night in summer long ago did make it on the Golden Heart album. Lily of the West is a traditional American folk song and covered by several artists, thus not written by Mark Knopfler. In 1995, this song was officially released on the album The Long Black Veil by The Chieftains and features Mark Knopfler on guitar and vocals. The instrumental tracks 8 and 9 are unknown for me, probably written by Mark Knopfler. The last track The water is wide (also called O Waly, Waly in the Scots language) is thought to be an English or Scottish folk song that has been sung since the 1600s and has seen considerable popularity through to the 21st century. It had been covered by many artists. Mark Knopfler created an instrumental version of it which sounds absolutely amazing. The overall sound quality is very good, but suffers a little bit from hiss.
Brunno Nunes
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
20 anos do On Every Street
Saudações Knopflerianas
Setembro comemora-se o lançamento do último álbum de estúdio do Dire Straits- On Every Street, lançado em 1991.
Para celebrar, irei postar uma matéria gentilmente cedida por Nicolas Gomez, um grande fã espanhol, ele me autorizou traduzir e postar aqui no Universo Dire Straits, um especial que ele produziu em seu Blog, Mundo Knopfler> http://mundoknopfler.blogspot.com/
A matéria é precisosa, digna de um grande conhecedor da banda, especialmente a forma como foi tratada os aspectos deste último álbum de estúdio do Dire Straits, pois compartilho em muitos dos pontos de vistas que foram apresentados por Nicolas.
9 de Setembro de 1991, lembro-me perfeitamente desse dia. O novo e esperado disco de minha banda favorita "Dire Straits" saia
à venda. Lembro-me de ver lojas de discos cheio de pessoas para comprá-lo, havia também cartazes, e, claro, a música de fundo era o disco em si. Não é de admirar, depois do sucesso comercial da banda "Brothers in Arms" todos nós tínhamos esperado 6 longos anos para um novo álbum. Mark Knopfler estava um pouco exausto de sua turnê anterior e levou o assunto com calma.
Uma aparição no Estadio Wembley para celebraro 70 º aniversário do então preso Nelson Mandela, em seguida, em 1988 acendeu todas as luzes de advertência sobre a possível separação do grupo, seguido de uma edição posterior da compilação “Money for nothing”, mas uma aparição no festival Knebworth colocou todo o mundo em alerta sobre um novo álbum do Dire Straits quando Knopfler apresentou-se uma nova canção, “Think I love you too much” comentando que é um tema que poderia estar no novo álbum do Dire Straits .
No entanto, a priori, nem o single "Calling Elvis" e nem o álbum "On Every Street" tiveram o êxisto imediato. As opiniões estavam divididas tanto os críticos de música como próprios seguidores da banda. On Every Street resume a essência da música Knopfler, tanto do que é oferecido até então com ds, como o que tem oferecido posteriormente na carreia solo de MK. É por esta razão que hoje segue sendo o disco mais querido e as vezes o mais desprezado ou subestimadO por muitos dos antigos seguidores de MK.
Meses antes, quando MK disse a John Illsley que ele tinha um punhado de boas canções e que eu queria fazer um novo álbum, e de fato estava certo! On every street é o disco mais extenso dos seis que componhe a discografia do Dire Straits. O álbum apresenta 12 faixas, sem contar o grande número de descartes que houve.
ON EVERY STREET:
CALLING ELVIS
ON EVERY STREET
WHEN IT COMES TO YOU
FADE TO BLACK
THE BUG
YOU AND YOUR FRIENDS
HEAVY FUEL
IRON HAND
TICKET TO HEAVEN
MY PARTIES
PLANET OF NEW ORLEANS
HOW LONG
Os descartes lado b foram:
MILLONARIE BLUES (lado b de calling elvis)
KINGDOM COME (lado b de heavy fuel)
THINK I LOVE YOU TOO MUCH (descarte, foi gravado para Jeff Haley.)
THE LONG HIGHWAY (descarte, oficialmente publicado como lado b the “what it is” em 2000).
O álbum demorou muitos meses a ser gravado, algo pouco comum na banda. MK passava horas lendo e assistindo a Guerra do Golfo na TV. Neste ponto, parece que não lhe importava muito ter a sua disposição os serviços da Air Studios por muitos meses. Nem poupou a colaboração de novos músicos, e ficou claro que Dire Straits mais do que uma banda, já era um projeto unipessoal e só para a figura e serviços de Knopfler. Para este, Mark se rodeia, além dos membros oficiais do ds (Illsley, Guy, Clark) dos seguintes músicos de estúdio:
Danny Cummings: percussão
Paul Franklin: steel guitar
Phil Palmer: guitarra
Vince Gill: voz
Manu Katché: batería
Jeff Porcaro: batería (excepto heavy fuel)
Chris White: saxofón
Sem dúvida, uma das chaves para o som da On Every Street é a escolha de grandes músicos.
Knopfler voltou-se mais para o folk e country, e pela primeira vez incorpora uma steel guitar a sonoridade dos Straits. Paul Franklin, que já trabalhou um ano antes no Notting Hillbillies está muito presente neste disco.
Jeff Porcaro, baterista de grande prestígio, é outro dos grandes músicos do On Every Street. Infelizmente, Jeff já esatava comprometido com a sua banda, Toto, para sair em turnê naquele ano, então foi substituído por Chirs Witten para a turnê.
Infelizmente, Jeff Porcaro morreu de uma reação alérgica no jardim de sua casa em Los Angeles, enquanto Dire Straits estavam fazendo os últimos concerto da monstruosa turnê “On every street”.
Também digno de notar é a contribuição do próprio George Martin no disco, que liderou as cordas junto com Alan Clark. A voz Country de Vince Gill, que rejeitou o convite de Mark para acompanhá-los em turnê como guitarrista, para iniciar sua carreira ">solo. Vince e Mark conheceram-se na gravação do Neck and Neck.
Este álbum é o início de relacionamento de pessoas que vão colaborar daqui em diante com o MK até hoje, como o produtor Chuck Ainlay percussionista Danny Cummings. E também recorre ao engenheiro Neil Dorfsman e o saxofonista Chirs White.
On Every Street apresenta uma capa maravilhosa, onde você pode vislumbrar a figura de MK deitado com os pés em uma mesa de mixagem. Entre tons azul e branco, como a maioria dos discos DS. O design é muito americano, como a música que ela oferece.
OES fornece um pouco de rock, blues, jazz, pop e country, tudo isso misturado com o conhecimento de Knopfler. Talvez essa amálgama de cores que foi o gatilho que não "pegou" (não se consolidou) entre seus maiores defensores, ou seja, por conter muitos estilos diferentes de música no mesmo disco, teria sido a causa que terminou não agradando os seguidores mais fiéis da banda.
Se o On Every Street tivesse sido feito em um estilo só (como seus trabalhos anteriores) teria sido mais fácil de digerir pelos seus antigos e fiéis seguidores. Mas não esquecemos de uma coisa importante, é que na realidade a discografia de DS e MK sempre foi essa evolução, cada álbum traz novos sons. Mas, claro, com OES foi diferente, porque se deu um passo muito da sonoridade anterior oferecida. Lembro-me de ver como algumas pessoas jogaram suas mãos em sua cabeça por ver como pela primeira vez a guitarra de MK não era a peça centarl do quebra-cabeça, dando lugar a outros instrumentos, ou "rivalizar" uma disputa de fraseados com a propria guitarra de Knopfler . "
Guitarra sooava "diferente" desta vez. Durante estes anos sem publicar um novo álbum dos straits, Knopfler colaborou e por vários motivos, mas sempre com uma guitarra nova, uma Pensa Suhr, exclusivamente feito sob medida pelo luthier John Sur, que trabalhava para Rudy Pensa em sua loja de guitarra em Manhattan. Esta guitarra, desenhada em um guardanapo de papel em uma refeição com Mark, Rudy e Pensa, juntamente com a força da amplificação Soldano são responsáveis pelo som de Mark durante o final dos anos 80 e início dos anos 90.
Poderíamos dizer que On Every Street é o álbum com um som mais americano (talvez junto com Making Movies) de toda a Dire Straits. E, em teoria, tudo foi gerado na casa que Mark tinha comprado naquela época, em Long Island, perto de sua casa de sempre em N. York.
As experiências anteriores gravando e Phillips, Guy Fletcher sob o nome "The Notting Hillbillies", influenciaram por sua vez o estilo desse disco novo, especialmente o som do Pedal Steel Guitar de Paul Franklin, e backing vocals por Vince Gill tipicamente nashvilianos.
Mas vamos a análisar as canções. Por alguma estranha razão, alguém da gravadora, ou talvez a partir de dentro da equipe de Knopfler, teve a "brilhante" idéia de deixar de fora do álbum algumas canções que, sem dúvida, teria dado um caráter diferente ao disco. Em outras ocasiões, os descartes são claramente vistos por não se encaixam no conceito do álbum, como em seu mais recente trabalho "Get lucky". Mas no caso do disco que estamos falando, é precisamente o oposto. Qualquer descarte soa mais ao On Every Street que, por exemplo "My Partes", vou por exemplo. Para não mencionar a qualidade destes descartes, como “Millonarie Blues” ou “The Long Highway” são canções de uma qualidade muito superior a muitos do próprio disco.
Elas também têm mais poder e são mais comerciais, o que teria feito o álbum a vender mais cópias, sem dúvida. Então, a única razão para que essas não fossem incluídas no disco, seria pelo fato do disco estar muito perto do terreno do blues, tendo uma sonoridade muito comum entre eles. E alguém (Knopfler?) quizera exatamente o contrario, a diversidade e os "novos" sons. Mas novamente estamos diante de uma contradição, uma vez que chama a atenção para o contraste entre uma "atrevida" evolução que se mostra em conjunto e o empenho de incluir descaradamente clones de MFN e WOL, ditas comerciais. Por fim, alguns seguidores seguem pensando que se a seleção dos temas se houvera realizado de outra forma, o último álbum do Dire Straits, tinha um outro caráter, e um outro destino.
Como discutido acima, Calling Elvis não é dos mais interessante do álbum, mas outra coisa é a versão ao vivo, realmente transformado e brilhante. Como contar que a gravação de vídeo custo 80 milhões das antigas pesetas. E que Knopfler autorizou que se gastar-se o mesmo que custara a gravação de álbum. Mas aconteceu que a gravação do disco foi adiada pela lentidão de Mark. Essa canção surgiu, segundo Knopfler, depois de um comentário que ele fez com seu cunhado sobre como era difícil entrar em contato com sua esposa, porque sempre dizia que era mais complicado do que chamar Elvis.
A canção On Every Street e que dar título do álbum é esquisita, nos aprofundamos em uma atmosfera quase etérea, e, finalmente, nos surpreender com crescendo vibrante. A steel de Paul com o riff de guitarra que nos conduza ao fim, alcançar uma harmonia de arrepiar os cabelos. A estrutura da canção nos faz lembrar daquelas composições onde nos surpreende outro final (where do you think youre going?). A parte final é uma demonstração real de porque Jeff Porcaro foi eleito bateria para esse registro, nada como ele para converer um ritmo de bateria em uma inesquecível passagem.
When it comes to you é um tema que funciona. Knopfler tocou no Notting Hillbillies anteriormente, mas, obviamente, tinha que passar pelo filtro Straits para tirar um pouco o toque hillbilly. O resultado é uma canção fundamental no disco, vamos dizer que é um pouco de ar fresco para disco.
Fade to Black é uma abordagem ao blues ou jazz. Com um som de guitarra magistral e extremamente sensível. Aqui a steel guitar rouba o protagonista, e não será a única vez. Este tema cria um ambiente pouco comum na discografía. Sobre esta canção, Knopfler disse que teve que ajustá-lo muitas vezes, soava muito mais alegre do que deveria. Naquela época, Mark Knopfler era bem conhecido entre seus amigos por seu perfeccionismo.
The bug é uma canção com claras intenções comerciais, aqui Knopfler se limita na guitarra ritmo, toca os bordões como o fez em ocasiões anteriores (walk of life, two young lovers) e permite que o pedal steel toma as rédeas. O álbum foi gravado "ao vivo" (com exceção de alguns overdubs mais tarde), com todos os músicos tocando ao mesmo tempo presente. Isto significava que algumas músicas tinham um monte de tomadas para alcançar o tomada final. É certo que esta peça foi resisitindo aparentemente mais, com um total de 8 tomdas.
You and your Friends é incrível, que pode soar como Brothers in Arms, mas com ênfase renovada. O duelo final entre Franklin e Knopfler cria uma atmosfera verdadeiramente notável. Na minha opinião, é uma das peças-chave do disco. (Eu concordo plenamente)
Heavy Fuel, parece que aqui Knopfler foi forçado a continuar o caminho de Money for Nothing e cria uma outro temapuramente comercial. O texto desta canção faz uma referência ao próprio Money for Nothing. Musicalmente tem pouco a mostrar além de sua intenção comercial.E chegamos a um momento no disco digno de notar, outra peça chave do álbum, falamos sobre Iron Hand. Um desses temas que Knopfler nos expressa toda a sua magia.
Iron Hand é magistral, tanto em texto, onde Mark fala de novas questões políticas e fala de conflitos bélicos como ele fez muitas vezes no álbum Brothers in Arms.
"Bem, ai, nós vimos tudo isso antes
Os mesmo e velhos medos e os mesmos velhos crimes
Nos não mudamos desde os tempos antigos"
Musicalmente falando, a canção é uma jóia, um diamante polido ao mais estilo Knopfler.
Ticket to Heaven, outra jóia da coroa. Com arranjos de mestre, com ar nostálgico Knopfler transporta-nos de volta a este balada com ares Folk e Country, um terreno quase divino.
My Parties é algo mais alegre, com um toque mais perto do pop, um tema que se destaca claramente do resto, e não pela sua grandeza. Na minha opinião, é a música mais medíocre do disco, se não a discografia inteira. Ele teria funcionado perfeitamente como descartes, ainda mais vendo a qualidade dos temas que ficaram de fora.
Não ocorre o mesmo com a seguinte e majestosa Planet of New Orleans, talvez a última grande composição do repertório dos Straits, quase a altura de Telegrap Road e Tunnel of Love. Uma dessas obras épicas, memoráveis para o resto de nossas vidas.
Esta canção surgio em 1979 quando o grupo visitou Nova Orleans pela primeira vez. A canção começa dizendo "Em pé no canto, entre Toulouse e Dauphine" e de acordo com Illsley naquele canto exato era o hotel onde ficaram durante o primeiro contato com a cidade.
How Long é algo mais perto do Country américano, mas com a inconfundível guitarra Pensa distorcida. "Se um europeu, dizer Mark, ouvir How Long, provavelmente vai dizer que é um tema country. Contudo, em qualquer estação country norte-américana, ela seria tiraria de "cena". De qualquer forma, esta mistura é o que tem caracterizado a música Knopfler desde o início, algumas vezes é mais perto de um terrenno do que outro, mas definitivamente, não existe um estilo musical direto.
On Every Street já vendeu mais de 8 milhões de cópias, não atendeu às expectativas de vendas, muito menos se aproximou do sucesso comercial de Brothers in Arms. Talvez porque o Brothes in Arms deixou um legado muito alto, talvez porque foi publicado em outra década ou talvez o estilo do próprio disco. O fato é que se você perguntar próprios seguidores da banda, muito poucos dirá que tem este álbum como seu favorito.
Há o fato de que quando o disco foi lançado, Dire Straits tinha várias semanas de turnê, que iniciou em 23 de Agosto no antigo The Point de Dublin, naqueles concertos os fãs puderam desfrutar com vários temas que não sairam no disco como “Think I love you too much”, e “The long highway”.
Sem dúvida, On Every Street é um álbum de considerar a discografia Dire Straits. Pessoalmente, acho que é mais interessante registros de todos eles. Está gravado com todos os músicos tocando ao mesmo tempo e isso cria uma atmosfera especial. Ele resume todas as mudanças desde o primeiro sucesso Sultans of Swing. Se analizarmos tema por tema, talvez seja um álbum, que contém muitas obras memoráveis. Além disso, o álbum soa muito bom, com uma produção requintada. Na minha opinião, On Every Street é musicalmente mais interessante do que o Brothers in Arms, e alguns outros álbuns da banda. Pode ser o álbum Dire Straits que eu tenha dedicado mais tempo a escutar, talvez porque foi publicado em um momento especial para mim, ou talvez porque o lançamento de outros discos eu peguei com outra idade mas jovem e vivi de forma diferente. O caso é que hoje, posso dizer sem medo On Every Street é o meu álbum favorito da minha banda favorita.
Hoje, 20 anos depois, Mark Knopfler já lançou o mesmo número de álbuns em carreira solo que lançou sob a assinatura do Dire Straits. Às vezes me pergunto se eu gosto mais do Dire Straits ou Mark Knopfler, e eu não tenho resposta para isso, mas creio que o ponto de união entre ambos extremos é o On Every Street. A partir disso, convido qualquer pessoa que não tenha ouvido este álbum, descobri-lo, escute com tranquilidade e encontrará um disco de música de alto calibre. E, claro, a todos os fãs que passaram um tempo sem ouvi-lo, certamente se surpreenderás com ele novamente.
Meu obrigado a Nicolas Gomez pela gentileza, espero que todos tenham apreciado este especial.
Brunno Nunes
Setembro comemora-se o lançamento do último álbum de estúdio do Dire Straits- On Every Street, lançado em 1991.
Para celebrar, irei postar uma matéria gentilmente cedida por Nicolas Gomez, um grande fã espanhol, ele me autorizou traduzir e postar aqui no Universo Dire Straits, um especial que ele produziu em seu Blog, Mundo Knopfler> http://mundoknopfler.blogspot.com/
A matéria é precisosa, digna de um grande conhecedor da banda, especialmente a forma como foi tratada os aspectos deste último álbum de estúdio do Dire Straits, pois compartilho em muitos dos pontos de vistas que foram apresentados por Nicolas.
Com vocês:
ON EVERY STREET --20 ANIVERSARIO--
9 de Setembro de 1991, lembro-me perfeitamente desse dia. O novo e esperado disco de minha banda favorita "Dire Straits" saia
à venda. Lembro-me de ver lojas de discos cheio de pessoas para comprá-lo, havia também cartazes, e, claro, a música de fundo era o disco em si. Não é de admirar, depois do sucesso comercial da banda "Brothers in Arms" todos nós tínhamos esperado 6 longos anos para um novo álbum. Mark Knopfler estava um pouco exausto de sua turnê anterior e levou o assunto com calma.
Uma aparição no Estadio Wembley para celebraro 70 º aniversário do então preso Nelson Mandela, em seguida, em 1988 acendeu todas as luzes de advertência sobre a possível separação do grupo, seguido de uma edição posterior da compilação “Money for nothing”, mas uma aparição no festival Knebworth colocou todo o mundo em alerta sobre um novo álbum do Dire Straits quando Knopfler apresentou-se uma nova canção, “Think I love you too much” comentando que é um tema que poderia estar no novo álbum do Dire Straits .
No entanto, a priori, nem o single "Calling Elvis" e nem o álbum "On Every Street" tiveram o êxisto imediato. As opiniões estavam divididas tanto os críticos de música como próprios seguidores da banda. On Every Street resume a essência da música Knopfler, tanto do que é oferecido até então com ds, como o que tem oferecido posteriormente na carreia solo de MK. É por esta razão que hoje segue sendo o disco mais querido e as vezes o mais desprezado ou subestimadO por muitos dos antigos seguidores de MK.
Meses antes, quando MK disse a John Illsley que ele tinha um punhado de boas canções e que eu queria fazer um novo álbum, e de fato estava certo! On every street é o disco mais extenso dos seis que componhe a discografia do Dire Straits. O álbum apresenta 12 faixas, sem contar o grande número de descartes que houve.
ON EVERY STREET:
CALLING ELVIS
ON EVERY STREET
WHEN IT COMES TO YOU
FADE TO BLACK
THE BUG
YOU AND YOUR FRIENDS
HEAVY FUEL
IRON HAND
TICKET TO HEAVEN
MY PARTIES
PLANET OF NEW ORLEANS
HOW LONG
Os descartes lado b foram:
MILLONARIE BLUES (lado b de calling elvis)
KINGDOM COME (lado b de heavy fuel)
THINK I LOVE YOU TOO MUCH (descarte, foi gravado para Jeff Haley.)
THE LONG HIGHWAY (descarte, oficialmente publicado como lado b the “what it is” em 2000).
O álbum demorou muitos meses a ser gravado, algo pouco comum na banda. MK passava horas lendo e assistindo a Guerra do Golfo na TV. Neste ponto, parece que não lhe importava muito ter a sua disposição os serviços da Air Studios por muitos meses. Nem poupou a colaboração de novos músicos, e ficou claro que Dire Straits mais do que uma banda, já era um projeto unipessoal e só para a figura e serviços de Knopfler. Para este, Mark se rodeia, além dos membros oficiais do ds (Illsley, Guy, Clark) dos seguintes músicos de estúdio:
Danny Cummings: percussão
Paul Franklin: steel guitar
Phil Palmer: guitarra
Vince Gill: voz
Manu Katché: batería
Jeff Porcaro: batería (excepto heavy fuel)
Chris White: saxofón
Sem dúvida, uma das chaves para o som da On Every Street é a escolha de grandes músicos.
Knopfler voltou-se mais para o folk e country, e pela primeira vez incorpora uma steel guitar a sonoridade dos Straits. Paul Franklin, que já trabalhou um ano antes no Notting Hillbillies está muito presente neste disco.
Jeff Porcaro, baterista de grande prestígio, é outro dos grandes músicos do On Every Street. Infelizmente, Jeff já esatava comprometido com a sua banda, Toto, para sair em turnê naquele ano, então foi substituído por Chirs Witten para a turnê.
Infelizmente, Jeff Porcaro morreu de uma reação alérgica no jardim de sua casa em Los Angeles, enquanto Dire Straits estavam fazendo os últimos concerto da monstruosa turnê “On every street”.
Também digno de notar é a contribuição do próprio George Martin no disco, que liderou as cordas junto com Alan Clark. A voz Country de Vince Gill, que rejeitou o convite de Mark para acompanhá-los em turnê como guitarrista, para iniciar sua carreira ">solo. Vince e Mark conheceram-se na gravação do Neck and Neck.
Este álbum é o início de relacionamento de pessoas que vão colaborar daqui em diante com o MK até hoje, como o produtor Chuck Ainlay percussionista Danny Cummings. E também recorre ao engenheiro Neil Dorfsman e o saxofonista Chirs White.
On Every Street apresenta uma capa maravilhosa, onde você pode vislumbrar a figura de MK deitado com os pés em uma mesa de mixagem. Entre tons azul e branco, como a maioria dos discos DS. O design é muito americano, como a música que ela oferece.
OES fornece um pouco de rock, blues, jazz, pop e country, tudo isso misturado com o conhecimento de Knopfler. Talvez essa amálgama de cores que foi o gatilho que não "pegou" (não se consolidou) entre seus maiores defensores, ou seja, por conter muitos estilos diferentes de música no mesmo disco, teria sido a causa que terminou não agradando os seguidores mais fiéis da banda.
Se o On Every Street tivesse sido feito em um estilo só (como seus trabalhos anteriores) teria sido mais fácil de digerir pelos seus antigos e fiéis seguidores. Mas não esquecemos de uma coisa importante, é que na realidade a discografia de DS e MK sempre foi essa evolução, cada álbum traz novos sons. Mas, claro, com OES foi diferente, porque se deu um passo muito da sonoridade anterior oferecida. Lembro-me de ver como algumas pessoas jogaram suas mãos em sua cabeça por ver como pela primeira vez a guitarra de MK não era a peça centarl do quebra-cabeça, dando lugar a outros instrumentos, ou "rivalizar" uma disputa de fraseados com a propria guitarra de Knopfler . "
Guitarra sooava "diferente" desta vez. Durante estes anos sem publicar um novo álbum dos straits, Knopfler colaborou e por vários motivos, mas sempre com uma guitarra nova, uma Pensa Suhr, exclusivamente feito sob medida pelo luthier John Sur, que trabalhava para Rudy Pensa em sua loja de guitarra em Manhattan. Esta guitarra, desenhada em um guardanapo de papel em uma refeição com Mark, Rudy e Pensa, juntamente com a força da amplificação Soldano são responsáveis pelo som de Mark durante o final dos anos 80 e início dos anos 90.
Poderíamos dizer que On Every Street é o álbum com um som mais americano (talvez junto com Making Movies) de toda a Dire Straits. E, em teoria, tudo foi gerado na casa que Mark tinha comprado naquela época, em Long Island, perto de sua casa de sempre em N. York.
As experiências anteriores gravando e Phillips, Guy Fletcher sob o nome "The Notting Hillbillies", influenciaram por sua vez o estilo desse disco novo, especialmente o som do Pedal Steel Guitar de Paul Franklin, e backing vocals por Vince Gill tipicamente nashvilianos.
Mas vamos a análisar as canções. Por alguma estranha razão, alguém da gravadora, ou talvez a partir de dentro da equipe de Knopfler, teve a "brilhante" idéia de deixar de fora do álbum algumas canções que, sem dúvida, teria dado um caráter diferente ao disco. Em outras ocasiões, os descartes são claramente vistos por não se encaixam no conceito do álbum, como em seu mais recente trabalho "Get lucky". Mas no caso do disco que estamos falando, é precisamente o oposto. Qualquer descarte soa mais ao On Every Street que, por exemplo "My Partes", vou por exemplo. Para não mencionar a qualidade destes descartes, como “Millonarie Blues” ou “The Long Highway” são canções de uma qualidade muito superior a muitos do próprio disco.
Elas também têm mais poder e são mais comerciais, o que teria feito o álbum a vender mais cópias, sem dúvida. Então, a única razão para que essas não fossem incluídas no disco, seria pelo fato do disco estar muito perto do terreno do blues, tendo uma sonoridade muito comum entre eles. E alguém (Knopfler?) quizera exatamente o contrario, a diversidade e os "novos" sons. Mas novamente estamos diante de uma contradição, uma vez que chama a atenção para o contraste entre uma "atrevida" evolução que se mostra em conjunto e o empenho de incluir descaradamente clones de MFN e WOL, ditas comerciais. Por fim, alguns seguidores seguem pensando que se a seleção dos temas se houvera realizado de outra forma, o último álbum do Dire Straits, tinha um outro caráter, e um outro destino.
Como discutido acima, Calling Elvis não é dos mais interessante do álbum, mas outra coisa é a versão ao vivo, realmente transformado e brilhante. Como contar que a gravação de vídeo custo 80 milhões das antigas pesetas. E que Knopfler autorizou que se gastar-se o mesmo que custara a gravação de álbum. Mas aconteceu que a gravação do disco foi adiada pela lentidão de Mark. Essa canção surgiu, segundo Knopfler, depois de um comentário que ele fez com seu cunhado sobre como era difícil entrar em contato com sua esposa, porque sempre dizia que era mais complicado do que chamar Elvis.
A canção On Every Street e que dar título do álbum é esquisita, nos aprofundamos em uma atmosfera quase etérea, e, finalmente, nos surpreender com crescendo vibrante. A steel de Paul com o riff de guitarra que nos conduza ao fim, alcançar uma harmonia de arrepiar os cabelos. A estrutura da canção nos faz lembrar daquelas composições onde nos surpreende outro final (where do you think youre going?). A parte final é uma demonstração real de porque Jeff Porcaro foi eleito bateria para esse registro, nada como ele para converer um ritmo de bateria em uma inesquecível passagem.
When it comes to you é um tema que funciona. Knopfler tocou no Notting Hillbillies anteriormente, mas, obviamente, tinha que passar pelo filtro Straits para tirar um pouco o toque hillbilly. O resultado é uma canção fundamental no disco, vamos dizer que é um pouco de ar fresco para disco.
Fade to Black é uma abordagem ao blues ou jazz. Com um som de guitarra magistral e extremamente sensível. Aqui a steel guitar rouba o protagonista, e não será a única vez. Este tema cria um ambiente pouco comum na discografía. Sobre esta canção, Knopfler disse que teve que ajustá-lo muitas vezes, soava muito mais alegre do que deveria. Naquela época, Mark Knopfler era bem conhecido entre seus amigos por seu perfeccionismo.
The bug é uma canção com claras intenções comerciais, aqui Knopfler se limita na guitarra ritmo, toca os bordões como o fez em ocasiões anteriores (walk of life, two young lovers) e permite que o pedal steel toma as rédeas. O álbum foi gravado "ao vivo" (com exceção de alguns overdubs mais tarde), com todos os músicos tocando ao mesmo tempo presente. Isto significava que algumas músicas tinham um monte de tomadas para alcançar o tomada final. É certo que esta peça foi resisitindo aparentemente mais, com um total de 8 tomdas.
You and your Friends é incrível, que pode soar como Brothers in Arms, mas com ênfase renovada. O duelo final entre Franklin e Knopfler cria uma atmosfera verdadeiramente notável. Na minha opinião, é uma das peças-chave do disco. (Eu concordo plenamente)
Heavy Fuel, parece que aqui Knopfler foi forçado a continuar o caminho de Money for Nothing e cria uma outro temapuramente comercial. O texto desta canção faz uma referência ao próprio Money for Nothing. Musicalmente tem pouco a mostrar além de sua intenção comercial.E chegamos a um momento no disco digno de notar, outra peça chave do álbum, falamos sobre Iron Hand. Um desses temas que Knopfler nos expressa toda a sua magia.
Iron Hand é magistral, tanto em texto, onde Mark fala de novas questões políticas e fala de conflitos bélicos como ele fez muitas vezes no álbum Brothers in Arms.
"Bem, ai, nós vimos tudo isso antes
Os mesmo e velhos medos e os mesmos velhos crimes
Nos não mudamos desde os tempos antigos"
Musicalmente falando, a canção é uma jóia, um diamante polido ao mais estilo Knopfler.
Ticket to Heaven, outra jóia da coroa. Com arranjos de mestre, com ar nostálgico Knopfler transporta-nos de volta a este balada com ares Folk e Country, um terreno quase divino.
My Parties é algo mais alegre, com um toque mais perto do pop, um tema que se destaca claramente do resto, e não pela sua grandeza. Na minha opinião, é a música mais medíocre do disco, se não a discografia inteira. Ele teria funcionado perfeitamente como descartes, ainda mais vendo a qualidade dos temas que ficaram de fora.
Não ocorre o mesmo com a seguinte e majestosa Planet of New Orleans, talvez a última grande composição do repertório dos Straits, quase a altura de Telegrap Road e Tunnel of Love. Uma dessas obras épicas, memoráveis para o resto de nossas vidas.
Esta canção surgio em 1979 quando o grupo visitou Nova Orleans pela primeira vez. A canção começa dizendo "Em pé no canto, entre Toulouse e Dauphine" e de acordo com Illsley naquele canto exato era o hotel onde ficaram durante o primeiro contato com a cidade.
How Long é algo mais perto do Country américano, mas com a inconfundível guitarra Pensa distorcida. "Se um europeu, dizer Mark, ouvir How Long, provavelmente vai dizer que é um tema country. Contudo, em qualquer estação country norte-américana, ela seria tiraria de "cena". De qualquer forma, esta mistura é o que tem caracterizado a música Knopfler desde o início, algumas vezes é mais perto de um terrenno do que outro, mas definitivamente, não existe um estilo musical direto.
On Every Street já vendeu mais de 8 milhões de cópias, não atendeu às expectativas de vendas, muito menos se aproximou do sucesso comercial de Brothers in Arms. Talvez porque o Brothes in Arms deixou um legado muito alto, talvez porque foi publicado em outra década ou talvez o estilo do próprio disco. O fato é que se você perguntar próprios seguidores da banda, muito poucos dirá que tem este álbum como seu favorito.
Há o fato de que quando o disco foi lançado, Dire Straits tinha várias semanas de turnê, que iniciou em 23 de Agosto no antigo The Point de Dublin, naqueles concertos os fãs puderam desfrutar com vários temas que não sairam no disco como “Think I love you too much”, e “The long highway”.
Sem dúvida, On Every Street é um álbum de considerar a discografia Dire Straits. Pessoalmente, acho que é mais interessante registros de todos eles. Está gravado com todos os músicos tocando ao mesmo tempo e isso cria uma atmosfera especial. Ele resume todas as mudanças desde o primeiro sucesso Sultans of Swing. Se analizarmos tema por tema, talvez seja um álbum, que contém muitas obras memoráveis. Além disso, o álbum soa muito bom, com uma produção requintada. Na minha opinião, On Every Street é musicalmente mais interessante do que o Brothers in Arms, e alguns outros álbuns da banda. Pode ser o álbum Dire Straits que eu tenha dedicado mais tempo a escutar, talvez porque foi publicado em um momento especial para mim, ou talvez porque o lançamento de outros discos eu peguei com outra idade mas jovem e vivi de forma diferente. O caso é que hoje, posso dizer sem medo On Every Street é o meu álbum favorito da minha banda favorita.
Hoje, 20 anos depois, Mark Knopfler já lançou o mesmo número de álbuns em carreira solo que lançou sob a assinatura do Dire Straits. Às vezes me pergunto se eu gosto mais do Dire Straits ou Mark Knopfler, e eu não tenho resposta para isso, mas creio que o ponto de união entre ambos extremos é o On Every Street. A partir disso, convido qualquer pessoa que não tenha ouvido este álbum, descobri-lo, escute com tranquilidade e encontrará um disco de música de alto calibre. E, claro, a todos os fãs que passaram um tempo sem ouvi-lo, certamente se surpreenderás com ele novamente.
Meu obrigado a Nicolas Gomez pela gentileza, espero que todos tenham apreciado este especial.
Brunno Nunes
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Refletindo sobre a imagem do Dire Straits
Saudações Knopflerianas a todos.
Venho de um debate muito bom e enriquecedor com grandes fãs da obra Knopfleriana na comunidade do Mark Knopfler no orkut. Entre divergências e convergências acerca da banda The Straits, especificamente sobre o show de caráter beneficente realizado este ano no Royal Albert Hall.
Achei que deveria postar aqui para expandir mais o assunto.
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Eu apreciei a iniciativa dos Straits, apesar de que Mark Knopfler não tenha gostado da ideia, penso que devemos deixar de lado problemas pessoais entre eles, se o Mark gostou ou não, o evento foi para os fãs, ou seja, quem esteve lá, esteve em primeiro lugar pelas canções, e em segundo lugar, pelos membros da banda. É muito nobre um tributo ao DS com a presença de nada mais nada menos que Alan Clark, ele seria o suficiente para a importância do evento, pois se olharem bem, ele é a segunda pessoa, (depois de Knopfler) que de um modo geral deu características e personalidades distintas na sonoridade da banda que o fez famoso, Dire Straits, e nenhum outro faria da mesma forma, e isso é bastante relevante quando se trata destas canções.
Como meu ilustre amigo Knopfleriano, Marcos (sempre presente na comunidade) citou: "Não acho que seja uma mera banda cover, não é uma volta ao passado, não acho que o público do MK tenha que torcer o nariz só porque ele torceu o dele, e não acho que tenha sido mal-intencionado na divulgação."
Concordo plenamente com Marcos, entretanto, continuo concordando com outra citação feita pelo mesmo: "Os pontos que me fariam recusar totalmente a existência dos Straits é se eles resolvessem lançar um álbum, ou se usassem o nome Dire Straits, ou desdenhassem do Mark durante o show (chamar ele de ogro foi forte, mas foi feito em outro contexto). Fora que pastiche não chega a ser uma ofensa, pois é algo muito próximo do que um cover precisa ser pra agradar."
Só faria uma ressalva quanto a um lançamento de um álbum, se fosse um álbum com músicas próprias deles, eu não rejeitaria, mas é evidente que isto é passageiro, não creio que va além desta turnê.
Houveram outros pontos de vistas opostos por parte de outro caro amigo Knopfleriano, Ednardo, e no embalo do respeito e da amizade, depois de entrarmos nestas questões acerca dos STRAITS, eu estava pensando em um fato que está ligado ao título desta postagem:
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É interessante que sempre que o Dire Straits ganhava um prêmio musical em algum país, em nenhum nenhuma ocasição, (pelo menos de 1980 em diante), a banda iria receber, sempre tinha apenas um representante, o Mark Knopfler, diferentemente de outras bandas, onde nestas ocasiões toda a banda está presente.
Ou seja, se olharmos bem para esta questão, isso é um fator colaborador para a imagem do Dire Straits ser focada apenas no Mark Knopfler, pois nem mesmo o John Illsley esteve ao lado dele nos prêmios que a banda recebeu pela MTV Video Music Awards em 1986 e o Brit Awards em 1987. Em um desses, somente o Ed Biknell, Knopfler e sua esposa. oO
Embora os períodos em que os prémios foram entregues, o Dire Straits não estava em atividade, isto não poderia ser grande obstaculo deles estarem juntos para receber, afinal... o MK não fez tudo sozinho. Se fosse os Beatles, lá estariam Paul, John, George e Ringo para receber, se fosse o Led Zeppelin lá estariam eles, o The Police do mesmo jeito, o Red Hot certamente, entre outras...
É visto que com o Dire Straits as coisas foram diferentes neste aspecto, a mídia deu demasiada enfase ao Mark Knopfler como representação única de uma totalidade, a imagem dele como uma unidade de uma banda com músicos tão notáveis, que definitivamente não passam despercebidos, (não estou me referindo a membros que estiveram em apenas um momento na banda como: Paul Franklin, Phil Palmer, Mel Collins, mas sim, a membros como Alan Clark, Pick Withers, David Knopfler,Terry Willians, Hal Lindes Criss White, Guy Fletcher e como não podia deixar, símbolo da lealdade na banda, John Illsley).
É evidente que como fã e pesquisador "Knopfleriano", eu não enxergo a banda de tal forma, mas é uma pena que eu sou um dos poucos (dentre uma grande massa de fãs), que tem essa concepção, que o Dire Straits não foi somente MK, os fatos por si só se justificam, pois do contrário, sua carreira solo não teria diferença da obra "Straitana".
Ao mesmo tempo percebam como a própria História torna-se um tanto contraditória.
Observem que, se por um lado alguns dizem que o DS foi apenas um veículo para as canções de Mark Knopfler, (os que se deixam influenciar-se pela mídia e não conseguem se desprender desta visão oferecida pela mesma) é visto que ao aposentar a banda, Knopfler entrou em um outro universo musical, usando uma outra metodologia, uma outra formula para fazer suas canções, e vários fatores estão envolvidos nesta formula, a começar das guitarras usadas, e outros instrumentos, tais quais: acordeon, gaita de fole, bouzouki (um instrumento muito popular na música tradicional da Grécia, usado por Richard Bennett em Speedway at Nazareth, Done with Bonaparte ou Why aye man ), o que veio mexer bastante nas propostas musicais, criando um novo sabor, diferente das canções do DS.
Então, dessa forma, fica claro que a mídia promovia uma opinião falsa o tempo inteiro, vendia e promovia uma falsa imagem, pois no final, essa falsa imagem se revelou definitivamente como ela é. O DS nunca se resumiu a um veículo para as canções do MK, pois se assim fosse, sua carreira solo seria uma evolução do que tinha feito com o DS, o que definitivamente não foi e não é!
É triste que isso tenha ocorrido com o Dire Straits, (um caso raro dentre os gigantes do Rock), uma banda que teve os holofotes jogados a apenas um membro, o lider da banda.
É evidente que Knopfler não podeia deixar de ser notável, sendo ele o cantor, compositor, guitarrista solo e lider da banda... definitivamente, era uma banda que tinha um lider, diferentemente de bandas como Beatles, Eagles, Pink Floyd... onde nelas há mais de um compositor, contudo, onde fica a genialidade de Alan Clark dentro do DS, Pick Withers (este que esteve em quatro álbuns de estúdio da banda e em três turnês, membro fundador, e é o que tem sido mais desvalorisado em termos de importância para sonoridade da banda) ?
Numa banda como o Rush, quem é o lider de uma banda como essa? Difícil de citar, pelo menos pra mim. O fato é que quanto mais para os primórdios do Dire Straits eu me concentro, mais forte é a sensação de uma banda onde a energia flúia de maneira bem diferente do período de 80 em diante, tínhamos o outro lado da moeda na banda, um outro cantor, compositor e guitarrista com a mesma bagagem de influências musicais do Mark, seu irmão, David Knopfler e foi neste ponto onde existia um Dire Straits mais ousado e democrático! (Não é a toa que é meu período predileto da banda). ^^
Sendo assim, creio que a essa imagem da banda como foi promovida tenha sido de grande interesse mesmo do Mark Knopfler, ele pode ser um dos grandes responsáveis! Já pensaram nisso?
Foi neste ponto de minha reflexão que uma Knopflerina participante ativa da comunidade, Greice, comentou algo que completa meu raciocínio:
"E não me adimira justo nessa fase (gravação do MM) as desavenças entre os irmãos Knopfler e como resultado a saida de David pq se ele ficasse teriamos mais um cantor e compositor na banda com a msm sensibilidade, alguém que queria espaço deveria ter e não teve.
Não é atoa que o empresario do Dire disse em uma entrevista que Mark foi o Bad boy o motivo da postura: Ego, e a saida de David foi bem conveniente para o Mark.
O que quero dizer: Que Knopfler teve caminho aberto depois disso não tinha mais objeções, o terreno estava pronto pra que a mídia focasse apenas nele e ninguém mais."
Enfim, em minha mente, se o Dire Straits tivesse seguido com o David Knopfler, se fosse lhe dado o espaço merecido, a obra da banda seria muito mais do que o que foi. Knopfler em dose dupla, só posso imaginar como seria a discografia se ele estivesse, assim como o John esteve. (Sem desmerecer John, mas havendo entendimento entre os irmãos, se o ego não viesse atormentar, certamente David Knopfler teria inflênciado positivamente na sonoridade da banda muito mais que John, seria análogo ao Pick e Alan).
Sugiro que não deixem de ver nosso debate na íntegra>> http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=5435&tid=5649508442538759396&na=1&nst=1
Fiquem a vontade para participar!
Brunno Nunes
Venho de um debate muito bom e enriquecedor com grandes fãs da obra Knopfleriana na comunidade do Mark Knopfler no orkut. Entre divergências e convergências acerca da banda The Straits, especificamente sobre o show de caráter beneficente realizado este ano no Royal Albert Hall.
Achei que deveria postar aqui para expandir mais o assunto.
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Eu apreciei a iniciativa dos Straits, apesar de que Mark Knopfler não tenha gostado da ideia, penso que devemos deixar de lado problemas pessoais entre eles, se o Mark gostou ou não, o evento foi para os fãs, ou seja, quem esteve lá, esteve em primeiro lugar pelas canções, e em segundo lugar, pelos membros da banda. É muito nobre um tributo ao DS com a presença de nada mais nada menos que Alan Clark, ele seria o suficiente para a importância do evento, pois se olharem bem, ele é a segunda pessoa, (depois de Knopfler) que de um modo geral deu características e personalidades distintas na sonoridade da banda que o fez famoso, Dire Straits, e nenhum outro faria da mesma forma, e isso é bastante relevante quando se trata destas canções.
Como meu ilustre amigo Knopfleriano, Marcos (sempre presente na comunidade) citou: "Não acho que seja uma mera banda cover, não é uma volta ao passado, não acho que o público do MK tenha que torcer o nariz só porque ele torceu o dele, e não acho que tenha sido mal-intencionado na divulgação."
Concordo plenamente com Marcos, entretanto, continuo concordando com outra citação feita pelo mesmo: "Os pontos que me fariam recusar totalmente a existência dos Straits é se eles resolvessem lançar um álbum, ou se usassem o nome Dire Straits, ou desdenhassem do Mark durante o show (chamar ele de ogro foi forte, mas foi feito em outro contexto). Fora que pastiche não chega a ser uma ofensa, pois é algo muito próximo do que um cover precisa ser pra agradar."
Só faria uma ressalva quanto a um lançamento de um álbum, se fosse um álbum com músicas próprias deles, eu não rejeitaria, mas é evidente que isto é passageiro, não creio que va além desta turnê.
Houveram outros pontos de vistas opostos por parte de outro caro amigo Knopfleriano, Ednardo, e no embalo do respeito e da amizade, depois de entrarmos nestas questões acerca dos STRAITS, eu estava pensando em um fato que está ligado ao título desta postagem:
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É interessante que sempre que o Dire Straits ganhava um prêmio musical em algum país, em nenhum nenhuma ocasição, (pelo menos de 1980 em diante), a banda iria receber, sempre tinha apenas um representante, o Mark Knopfler, diferentemente de outras bandas, onde nestas ocasiões toda a banda está presente.
Ou seja, se olharmos bem para esta questão, isso é um fator colaborador para a imagem do Dire Straits ser focada apenas no Mark Knopfler, pois nem mesmo o John Illsley esteve ao lado dele nos prêmios que a banda recebeu pela MTV Video Music Awards em 1986 e o Brit Awards em 1987. Em um desses, somente o Ed Biknell, Knopfler e sua esposa. oO
Embora os períodos em que os prémios foram entregues, o Dire Straits não estava em atividade, isto não poderia ser grande obstaculo deles estarem juntos para receber, afinal... o MK não fez tudo sozinho. Se fosse os Beatles, lá estariam Paul, John, George e Ringo para receber, se fosse o Led Zeppelin lá estariam eles, o The Police do mesmo jeito, o Red Hot certamente, entre outras...
É visto que com o Dire Straits as coisas foram diferentes neste aspecto, a mídia deu demasiada enfase ao Mark Knopfler como representação única de uma totalidade, a imagem dele como uma unidade de uma banda com músicos tão notáveis, que definitivamente não passam despercebidos, (não estou me referindo a membros que estiveram em apenas um momento na banda como: Paul Franklin, Phil Palmer, Mel Collins, mas sim, a membros como Alan Clark, Pick Withers, David Knopfler,Terry Willians, Hal Lindes Criss White, Guy Fletcher e como não podia deixar, símbolo da lealdade na banda, John Illsley).
É evidente que como fã e pesquisador "Knopfleriano", eu não enxergo a banda de tal forma, mas é uma pena que eu sou um dos poucos (dentre uma grande massa de fãs), que tem essa concepção, que o Dire Straits não foi somente MK, os fatos por si só se justificam, pois do contrário, sua carreira solo não teria diferença da obra "Straitana".
Ao mesmo tempo percebam como a própria História torna-se um tanto contraditória.
Observem que, se por um lado alguns dizem que o DS foi apenas um veículo para as canções de Mark Knopfler, (os que se deixam influenciar-se pela mídia e não conseguem se desprender desta visão oferecida pela mesma) é visto que ao aposentar a banda, Knopfler entrou em um outro universo musical, usando uma outra metodologia, uma outra formula para fazer suas canções, e vários fatores estão envolvidos nesta formula, a começar das guitarras usadas, e outros instrumentos, tais quais: acordeon, gaita de fole, bouzouki (um instrumento muito popular na música tradicional da Grécia, usado por Richard Bennett em Speedway at Nazareth, Done with Bonaparte ou Why aye man ), o que veio mexer bastante nas propostas musicais, criando um novo sabor, diferente das canções do DS.
Então, dessa forma, fica claro que a mídia promovia uma opinião falsa o tempo inteiro, vendia e promovia uma falsa imagem, pois no final, essa falsa imagem se revelou definitivamente como ela é. O DS nunca se resumiu a um veículo para as canções do MK, pois se assim fosse, sua carreira solo seria uma evolução do que tinha feito com o DS, o que definitivamente não foi e não é!
É triste que isso tenha ocorrido com o Dire Straits, (um caso raro dentre os gigantes do Rock), uma banda que teve os holofotes jogados a apenas um membro, o lider da banda.
É evidente que Knopfler não podeia deixar de ser notável, sendo ele o cantor, compositor, guitarrista solo e lider da banda... definitivamente, era uma banda que tinha um lider, diferentemente de bandas como Beatles, Eagles, Pink Floyd... onde nelas há mais de um compositor, contudo, onde fica a genialidade de Alan Clark dentro do DS, Pick Withers (este que esteve em quatro álbuns de estúdio da banda e em três turnês, membro fundador, e é o que tem sido mais desvalorisado em termos de importância para sonoridade da banda) ?
Numa banda como o Rush, quem é o lider de uma banda como essa? Difícil de citar, pelo menos pra mim. O fato é que quanto mais para os primórdios do Dire Straits eu me concentro, mais forte é a sensação de uma banda onde a energia flúia de maneira bem diferente do período de 80 em diante, tínhamos o outro lado da moeda na banda, um outro cantor, compositor e guitarrista com a mesma bagagem de influências musicais do Mark, seu irmão, David Knopfler e foi neste ponto onde existia um Dire Straits mais ousado e democrático! (Não é a toa que é meu período predileto da banda). ^^
Sendo assim, creio que a essa imagem da banda como foi promovida tenha sido de grande interesse mesmo do Mark Knopfler, ele pode ser um dos grandes responsáveis! Já pensaram nisso?
Foi neste ponto de minha reflexão que uma Knopflerina participante ativa da comunidade, Greice, comentou algo que completa meu raciocínio:
"E não me adimira justo nessa fase (gravação do MM) as desavenças entre os irmãos Knopfler e como resultado a saida de David pq se ele ficasse teriamos mais um cantor e compositor na banda com a msm sensibilidade, alguém que queria espaço deveria ter e não teve.
Não é atoa que o empresario do Dire disse em uma entrevista que Mark foi o Bad boy o motivo da postura: Ego, e a saida de David foi bem conveniente para o Mark.
O que quero dizer: Que Knopfler teve caminho aberto depois disso não tinha mais objeções, o terreno estava pronto pra que a mídia focasse apenas nele e ninguém mais."
Enfim, em minha mente, se o Dire Straits tivesse seguido com o David Knopfler, se fosse lhe dado o espaço merecido, a obra da banda seria muito mais do que o que foi. Knopfler em dose dupla, só posso imaginar como seria a discografia se ele estivesse, assim como o John esteve. (Sem desmerecer John, mas havendo entendimento entre os irmãos, se o ego não viesse atormentar, certamente David Knopfler teria inflênciado positivamente na sonoridade da banda muito mais que John, seria análogo ao Pick e Alan).
Sugiro que não deixem de ver nosso debate na íntegra>> http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=5435&tid=5649508442538759396&na=1&nst=1
Fiquem a vontade para participar!
Brunno Nunes
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