segunda-feira, 16 de abril de 2018

Considerações acerca da indução do Dire Straits no Rock & Roll Hall of Fame-2018



Saudações Knopflerianas!!!

Não poderia deixar de expressar minha opinião, como fã da banda, sobre a introdução do Dire Straits ao Rock & Roll Hall of Fame 2018.

Logo quando foi lançada a votação das bandas que iram ser introduzidas na edição do Rock & Roll Hall of Fame 2018, eu e muitos outros fãs do Dire Straits começaram a votar no Dire Straits para que fossem introduzidos, fiz isso na esperança de ver minha banda preferida reunida por uma causa nobre, a sua história e sua obra, tenho certeza que esse foi o pensamento da maioria. Mas, não demorou para nos depararmos com o silêncio de Mark Knopfler, um silêncio estranho, afinal, sua homepage oficial anunciou que a banda seria induzida. Não irie entrar no merito das razões que levaram Mark Knopfler se manter ausente na cerimônia, bem como não declarar absolutamente nada a respeito, se fez certo ou errado, isso a História dirá.

Fato é que isso levou a uma divisão de opiniões entre os fãs e mais fieis seguidores, uma parte acha que ele foi mediocre e egoísta, pois não pensou nas pessoas que votaram na banda que o fez famoso, foi considerado uma ingratidão da parte dele o não comparecimento em um ato público como esse. Outra parte defende que ele fez certo em não comparecer, que está sendo honesto consigo mesmo, uma vez que não olha para o passado e que como artista, não deve nada ao seu público, pois não obriga ninguém a comprar seus álbuns e irem em seus shows.

Particulrmente eu acho isso radical, prefiro outra perspectiva, a de que a história da banda é algo maior que as diferenças entre os membros da banda e que Mark deveria deixar de lado qualquer diferença e se juntar com o seu irmão, membro fundador, assim como John e Pick, e junto a Alan Clark e Guy tocarem algumas canções e estariam deixando uma marca muito bonita na altura de sua trajetória. Lamentavelmente não foi isso que ocorreu!

A forma como sucedeu, seria mais sensato se nenhum deles se fazem presentes, assim como fez Mark Knopfler. Seu irmão acabou não comparecendo depois que o evento não cumpriu o que havia prometido, custear suas passagem e demais despesas. A maneira tosca como foi feita a introdução do Dire Straits no RHF foi de forma ardilosa, ninguém introduziu a banda, tendo John que fazer isso por conta própria, escreveu uma "colinha" numa folha de papel em 15 min... A maneira como tudo aconteceu lá, nada foi por acaso, na verdade, tudo aparenta ter sido programado para ser uma tentativa deliberada de punir o Dire Straits porque Mark não compareceu.



Foi desprezível a forma como agiu esta instituição para com o Dire Straits, eles não apenas puniram a banda, mas nós, seus fãs. Por outro lado, ver parte da banda sem seu membro mais importante presente foi algo estranho, e que exprime um certo vazio. Não obstante, John Illsley é um lord, ele sempre foi a cola que manteve a banda unida, fez seu papel de forma brilhante, já que estava presente nessa ocasião, o discurso dele foi recheado de sinceridade e gratidão para com todos os que fizeram parte do Dire Straits, bem como para os fãs da banda. Mas, vendo o vídeo, é notável que há algo de desconfortável entre eles, principalmente entre Alan e Guy. Enfim, já aconteceu, tá registrado na História e fica essa imagem que denota um certo vazio, nem precisa explicar a razão, por isso mesmo que eu fico com aquela máxima do tudo ou nada. Não vejo sentido nessa imagem, eles deveria fazer como Mark, David e Pick, recusarem se fazer presente.




Mas, o que importa mesmo é que o Dire Straits vendeu cerca de 100 milhões de cópias de álbuns de música de extrema qualidade, não precisa ser "introduzido" no Rock and roll hall fama, eles já escreveram um dos melhores capítulos da música contemporânea, além de que, RHF perdeu muito de seu prestígio durante os anos.



Dire Straits hoje é John Illsley, ele é quem respira a banda e ainda está com todo pique e traz consigo o sabor do Dire Straits, presentes em seus mais recentes álbuns e seus shows. A ele, todo meu respeito e admiração!

Brunno Nunes.

5 comentários:

Paulo disse...

Boas! Eu sou um Knopfleriano como vós. Também acho estranho o facto, tal como Bob Dylan não ter comparecido para a entrega do prémio nobel.
Os Dire Straits, na minha opinião, deveriam ter tido mais reconhecimento, logo após Alchemy, Love Over Gold. Aí sim. Mas os DS nunca foram uma banda mediática. Apenas faziam música.
Talvez seja uma resposta propositada para a sociedade mediática.

Anônimo disse...

Obrigado pela boa matéria. Mesmo sem saber inglês vi o vídeo que a mim também teve um ar estranho e ligeiramente melancólico, mas é próprio dos gênios a estranhez, paciência...
Quanto a Jhon ser o Dire Straits de hoje acho que Alan também tem um grande espaço dentro desta alcunha e também respira e transpira a imagem e o som da banda. Abraço knopfliano.

Guitardo disse...

Embora sejam situações totalmente diferentes, isso me lembrou o ocorrido no Rock'n'Roll of Fame do ano de 2012 no qual o Guns N'Roses foi induzido e o Axl Rose não compareceu, mas compareceram Slash e alguns integrantes de formações antigas do Guns. À diferença da situação atual eles tocaram hits da banda e o RHF não foi cuzão com os membros do Guns como foi com os membros do Dire Straits. Lastimável e muito triste tudo isso, infelizmente.

Carlos Werzel Júnior disse...

É uma pena tudo isso.....vi esses dias uma entrevista do David Knopfler, ele disse que não fala mais com o irmão....triste!

Unknown disse...

Oi pessoal.
Eu tbm sou fã desde 1978.
Estive com Mark Knopfler no show dele em São Paulo. Foi muito gentil conosco, etc, etc...
Mas não comparecer a este evento,ficou muito a desejar. Poderia ter reunido todos, juntamente com o irmão, e agradecido e pronto.

Dire Straits

Dire Straits
A voz e a guitarra do Dire Straits ao vivo em Cologne, 1979