terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Dire Straits no passado

Há poucos dias eu estava conversando com um amigo, debatendo sobre o som do Dire Straits e ele me fez a seguinte pergunta: >> A formação original do Dire Straits era M. Knopfler, David Knopfler, John Issley e Pick Whiters. Em sua opinião, o som mais antigo do Dire Straits de 1978 a 1982/83 era melhor do que o da segunda fase do Dire Straits (BIA Tour 85/86/ OES Tour 91/92)? Bem, eu achei legal a pergunta dele e respondi, só não esperava que além de dar meu ponto de vista, fazer um breve comentário a respeito das turnês do Dire Straits! Como isso é informação com conteúdo, devido minha experiência com os bootlegs do meu acervo, não podia deixar de postar aqui esse texto que preparei exclusivamente para verdadeiros fãs! Espero que todos aproveitem algo disso, pois estamos aqui para compartilhar conhecimento e material da nossa querida banda! =D ----> <---- span="" style="color: black;"> Certamente o som do Dire Straits e bem distinto a cada turnê! O divisor de água foi sem dúvidas o Brothers In Arms, porém, particularmente eu vejo da seguinte forma: Dire Straits Early Years 77/81, nesse mesmo período existem duas fases extremamente distintas, o Dire Straits puro, que é de 77/79, onde estava a essência da banda, contando com Mark, David, John e Pick. Com essa formação eles tiveram suas primeiras conquistas, tinha uma proposta musical muito mais interessante a meu ver, pois existia a sonoridade dos irmãos Knoplfer! A história mostra que David Knopfler foi o melhor guitarrista que tocou ao lado de Mark Knopfler. Talvez pelo fato da banda ser um quarteto e as guitarras ficarem em total evidencia, a energia era extremamente concentrada nesse ponto! O fato é que existe uma química diferente na sonoridade da primeira formação, ou seja, com os irmãos Knopfler na mesma banda, não podia ser diferente! =D Com a saída do David nas gravações do Making Movies, a banda tomou outro rumo. Mark elabora trabalhos mais complexos e a proposta músical inicial não é mais a mesma, agora é outro Dire Straits! Na Making Movies Tour 80/81 , entrou uma figura essencial para o Dire Straits, o Alan Clark, esse foi o cara que fez o papel de David Knopfler na banda, apesar de não tocar guitarra, ele preencheu muito bem as músicas com seus arranjos impecáveis, uma hora fazendo fundo, outra hora fazendo seus magníficos solos harmônicos, nos seus teclados, pianos, sintetizadores, órgão hammond, como na intro de Tunnel of Love e In the Never Rains, e muitas outras músicas! A Making Movies Tour 80/81 é a fase mais experimental da banda. Essa é a turnê onde as músicas do primeiro e segundo álbum são tocadas com novos arranjos, ganhando uma nova roupagem, como ocorre em Down To The Waterline, Lions, Single Handed Sailor, In The Gallery, Angel Of Mercy, News e Where Do You Think You're Going? Tais músicas só foram tocadas ao vivo até a Making Movies Turnê, 80/81 e nunca mais novamente! Isso mostra tamanha importância por essa fase do Dire Straits Early Years 77/81, pois essas músicas não foram mais inclusas nos repertórios das posteriores turnê do Dire Straits, de 82/92! Na Love Over Gold Tour, a banda já está com outra cara e outra proposta musical. Com a saída de Pick Withers, importante integrante da banda, por ser um membro fundador, a banda perde novamente um pouco mais de sua essência inicial, por outro lado, a banda está chegando em um ponto extremamente diferente dos anos anteriores, agora o Dire Straits se torna uma banda cinematográfica, algo muito claro na LOG tour 82/83, o Alchemy revela isso basta apreciar o Show Alchemy, e ver o potencial do Dire Straits no palco. O único registro em vídeo da Love Over Gold Tour, apresenta músicas com arranjos cada vez mais complexos e bem trabalhados, além de que nessa turnê, podemos contemplar a fusão da trilha sonora Local Hero, o álbum LOG e músicas dos álbuns anteriores, um feito incrível e inesquecível! Existe uma atmosfera progressiva sempre presente durante a LOG Tour 82/83. O inevitável aconteceu em 85, Brothers In Arms Tour 85/86, que foi aquilo? Bem, aquilo foi o resultado do trabalho sério que a banda veio fazendo ao longo de cinco anos! O Alchemy foi apenas um ensaio para o que viria! A banda experimenta "o máximo" que o sucesso pode oferecer, o Dire Straits em total evidência naquele ano de 1985, foi o ano de ouro para a banda! Como sempre, Mark Knopfler gosta de mudar e nessa turnê a banda estava com uma nova cara e uma nova energia! Outra proposta musical diferente das anteriores, e da-lhe clássicos , So Far Away, Money For Nothing, Walk Of Life, Your Latest Trick, Why Worry e Brothers In Arms, tudo isso em um único álbum! Não era pra menos, tando a turnê, quanto o álbum foram um verdadeiro fenômeno! Eu acredito que por causa desses clássicos, não foram mais tocadas músicas como Down To The Waterline, Once Upon A Time In The West, Where Do You Think You're Going e mais alguns outros clássicos do Dire Straits Early Years 77/81! Pelo menos Wild West End estava no repertório de todo show da Brothers In Arms Turnê! Nov. de 1990/Maio de 1991 - O DIRE STRAITS grava no Air studio em Londres seu sexto álbum: On Every Street (com Calling Elvis e Heavy Fuel), produzido pela própria banda. Aqui a banda vem totalmente diferente. Depois de cinco anos sem nenhuma nova turnê da banda, o Dire Straits volta como uma mega banda! Mark trouxe Paul Franklin (pedal steel guitar) que conheceu nos trabalhos que fez com Chet Aktins, posteriormente trouxe para os Notting Hillbillies , entra o Phil Palmer (guitarra) que já havia tocado com Tina Tuner, Eric Clapton. Chris Whitten que havia tocado com Paul McCartney e Danny Cummings (percussão). O grupo sai em turnê pelo mundo e apesar das boas vendagens de CD's (1º no Reino Unido, 1º nos EUA e 4º no Brasil, em torno de oito milhões de discos vendidos) e ingressos, não conseguem o sucesso esperado. Talvez, pelas expectativas em torno do "sucessor" de Brothers in Arms serem muito grandes. Ao fim da turnê (patrocinada pela Philips e com custos de U$ 32 milhões), são contabilizados mais de 3.545.000 ingressos vendidos, em 211 shows, passando por 22 países. Ultrapasaando em alguns milhares a turnê de Brothers in Arms, a banda paralisa mais uma vez suas atividades. A crítica pegou pesado com o On Every Street, particularmente eu achei ridículo, mas eu sou suspeito em falar, pois sou um grande admirador e colecionador do Dire Straits! On Every Street não perde em nada para os álbuns anteriores, não tem nem como compará-los. Um álbum muito bem produzido, e com músicas fantásticas, como On Every Street, Fade To Black, You And Your Friends, Iron Hand e a última grande Música do Dire Straits>> Planet Of New Orleans! A meu ver, o Dire Straits em toda sua trajetória, nunca deixou a desejar! A frente da banda, o guitarrista, cantor, compositor, o líder da banda, Mark Knopfler, com essa figura talentosíssima e singular no meio da música, a banda jamais faria um trabalho ruim! Músicos que fizeram parte do Dire Straits, seja em álbum ou turnê. Primeira Fomação 77/79 Mark Knopfler - guitar / vocals John Illsley - bass / vocals David Knopfler - guitar / vocals Pick Withers - drums Making Movies Tour (On Location)80/81: Mark Knopfler - guitar / vocals John Illsley - bass / vocals Alan Clark - keyboards Hal Lindes - guitar / vocals Pick Withers - drums - Making Movies álbum: Roy Bittan keyboards Love Over Gold Tour 82/83: Mark Knopfler - guitar / vocals John Illsley - bass / vocals Alan Clark - keyboards Hal Lindes - guitar / vocals Terry Williams - drums Mel Collins - saxophone Tommy Mandel - keyboards Brothers In Arms Tour 85/86: Mark Knopfler - guitar / vocals John Illsley - bass / vocals Alan Clark - keyboards Guy Fletcher - keyboards / vocals Jack Sonni - guitar / vocals Terry Williams - drums Chris White - saxophone / vocals Brothers in Arms álbum: Omar Akin - drums On Every Street Tour 91/92: Mark Knopfler - guitar / vocals John Illsley - bass / vocals Alan Clark - keyboards Guy Fletcher - keyboards / vocals Phil Palmer - guitar / vocals Chris Whitten - drums Chris White - saxophone / vocals Paul Franklin - pedal steel guitar Danny Cummings - percussion / vocals On Every Street Álbum Jeff Porcaro - drums Brunno Nunes.

2 comentários:

Unknown disse...

Você esta de Parabens Bruno!
Adorei a análise, estava afim de fazer algo assim, mas duvido que conseguiria um resultado como o seu, fica aqui os agradecimentos de fã para fã, =D

Brunno Nunes disse...

Muito obrigado João! ^^
Fico feliz que tenhas gostado de minha análise!

Obrigado pelo comentário. ^^

Abraçoo!!!!

Dire Straits

Dire Straits
A voz e a guitarra do Dire Straits ao vivo em Cologne, 1979