sábado, 15 de janeiro de 2011

Money for Nothing banida nas radios do Canadá





O Canadian Broadcast Standards Council, órgão que regula as rádios no Canadá, declarou que a música Money For Nothing, um dos maiores sucessos do grupo Dire Straits, é "inaceitável" para veiculação, informa o site Undercover.

No ano passado, um ouvinte prestou queixa na CSBC pela aparição da palavra "faggot (bicha)" na letra da música. Na quarta-feira (12), o órgão expediu uma norma dizendo que veicular Money For Nothing é uma violação das cláusulas sobre Direitos Humanos do código de ética da Associação Canadense de Emissoras de Rádio e TV, por "se referir à orientação sexual de forma degradante".

Money For Nothing já foi acusada de ter uma letra sexista, pelo trecho que cita "chicks for free (garotas de graça)" e racista, pela frase "banging on the bongos like a chimpanzee (batendo nos bongôs como um chimpanzé)", mas nunca havia sido banida.


http://musica.terra.com.br/noticias/0,,OI4890728-EI1267,00.html

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"Money For Nothing já foi acusada de ter uma letra sexista, pelo trecho que cita "chicks for free (garotas de graça)" e racista, pela frase "banging on the bongos like a chimpanzee (batendo nos bongôs como um chimpanzé)", mas nunca havia sido banida."

Por que somente agora 25 anos depois um órgão expediu uma norma dessa natureza contra MFN? Ora... em 1985 houveram manifestações semelhantes e não deu em nada, e a banda estava em evidência na época, tal decisão além de ridícula, chegou muito tarde!

Depois dessa, eu começei a pensar a respeito da versão da canção Money for Nothing que aparece na coletânea MFN de 1988. Como vocês sabem, tal versão vem faltando justamente a estrofe em que aparece a palavra "faggot", sempre achei que esse fato tinha uma ligação com um proposital encurtamento da canção por questões das FMS, mas nunca liguei o fato a uma justificativa racista ou preconceituos. De qualquer forma, seria algo burocrático e desnecessário, mas será que a versão da coletânea de 88 teria sido por motivos semelhantes ao cenário atual? O fato é que não há justificativa para isso vir a tona na atualidade, como um camarada citou em seu comentário no site Terra>> "A música é um retrato da época, e sua pintura não pode mudar com o tempo".

E sinceramente, uma música ser censurada "oficialmente" depois de 25 anos é uma piada fora do comum, esse cara que fez tal queixa, não seria ele homosexual por direito? Claro, mas como se incomodar com isso, onde ja se viu viado e bicha não gostarem de serem chamados assim? Ora... a mulher gosta de ser tratada como uma mulher, assim como o homem gosta de ser tratado como homem e o que tem de errado com isso? Somos o que somos.

Também creio que nada acontece assim por acaso, eu vi tal reportagem no Leitura Dinâmica na Rede TV ontem a noite e na hora eu pensei... Mas que maravilha, quanto tempo que não via o nome do Dire Straits na mídia, em rede nacional, olhando pelo angulo de que "tudo que é proibido é tentador", de repente isso acarreta a curiosidade dessa nova geração a conferirem a tal canção MNF e vão ver o quão ridícula foi essa decisão.

Enquanto isso, as vendas do Brothers in Arms devem aumentar ainda mais! ^^


Numa geração repleta de coisas que realmente deveriam ser banidas por serem uma legitima representação do que é fútil, desencantador, descaradamente carregadas em apologias nada coerentes que extrapolam o bom senso, e neste contexto, os raps e Hip Hop deveriam estar com os dias contatos, na verdade, seria uma bênção, mas quero mesmo ver até eles vão com isso!

One humanity! One Justice!
Mark Knopfler- antes da canção Brothers in Arms, Mandela Tribute 1988.

Brunno Nunes.

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Dire Straits

Dire Straits
A voz e a guitarra do Dire Straits ao vivo em Cologne, 1979