terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Entrevista com David Knopfler- Traduzida para Português.

Isso mesmo, só no Blog Dire Straits Bootlegs, com a ajuda de meu caro amigo Marcos Schulz, aqui está informação para todos!

OBS: São as traduçoes das duas últimas entrevsitas com David Knopfler, que postei.)




Por Peter Lindholm. Tirada de Hallandsposten, 04.0.91. Traduzaida para o inglês por Tomas Molin.

DK: EU QUERO MANDAR NA MINHA PRÓPRIA VIDA.

Após 4 anos com DS, DK deixou o grupo para fazer carreira solo.

Até este dia ele fez cinco gravações (álbuns) sob seu próprio nome, mas trabalhou o tempo todo na sombra de seu famoso irmão mais velho Mark. Um fato que aparentemente incomoda ele. A verdade é que todas as comparações com seu irmão o deixam furioso.

-Eu deixei o DS em 1980 – 11 anos atrás – para me dedicar a algo mais interessante. Eu queria mais (preferia) mandar na minha própria a fazer o sonho de outros virarem realidade.

DK relutantemente explica no fundo o porquê de sua saída da banda de seu irmão Mark. Sua carreira solo tem sido seguida de inevitáveis comparações com seu irmão mais velho. Não sem propósito, porque suas vozes e melodias remetem um ao outro.

-Ninguém o vê como o filho ou irmão ou irmã de alguém. Eu tenho minha própria identidade - diz David negando que deveria tomar as comparações como um problema.

Sua resposta resoluta, entretanto nos mostra justamente o oposto. E frente à questão de o que o separa de seu irmão, em relação tanto à personalidade quanto musicalmente, ele de repente deixa a sala do Hotel Sheraton onde a entrevista estava sendo realizada.

-Estou aqui para falar sobre meu trabalho, não sobre DS – David diz desapontado e desaparece.

Certamente ele faz isso com o pretexto de pegar um abridor de garrafa para uma garrafa de água mineral, mas ao mesmo tempo ele xinga tanto que o cara da gravadora se pergunta o que está acontecendo.

-Agora nós vamos falar sobre mim, não sobre DS – David aponta novamente quando volta. E é assim que tem que ser.

O último álbum de David, “Lifelines”, é gravado no Real-World Studio de Peter Gabriel, que é considerado um dos mais avançados tecnologicamente do mundo.

-Eu luto (me esforço) pela alta qualidade, mas eu não quero chamar a mim mesmo de perfeccionista. Essa concepção tem um significado diferente para pessoas diferentes. Para muitas pessoas, um perfeccionista é uma pessoa sempre crítica e nunca feliz com nada – e não é assim que eu descreveria a mim mesmo.

Mas Davi é freqüentemente contraditório. Ele fala que quer controle completo de seus produtos, mas ele está compondo trilha de filme sob encomenda de bom grado (entre outras para a série alemã “Tatort”. Por outro lado ele não gosta de concertos ou turnês porque ele não pode controlar tudo como no estúdio.

-Massas histéricas batendo palmas, batendo pés e gritando “yeah”... Não, isso não me interessa. Eu tenho usado provavelmente o melhor estúdio e os melhores equipamentos no mundo para gravar meu álbum. Todas essas qualidades desaparecem ao vivo (é óbvio que ele nunca mais esteve num show do DS há muuuito tempo).

Uma atitude similar caracteriza sua criação de música. David prefere contratar músicos para suas sessões de gravação a ter uma banda própria. Tudo para não ter que se comprometer. Ele não renunciará facilmente de seus princípios para ter sucesso comercial.

-Eu não quero pagar um preço pelo sucesso. É claro que eu quero ter sucesso, mas celebridade não é nada para se batalhar. Aqueles que vendem muitos cds não são necessariamente os melhores. Eu me recuso a colocar um ritmo-dançante em alguma música somente porque seria comercialmente correto faze-lo.

-Compare apenas com literatura. Aqueles que são considerados os melhores autores não são os que mais vendem. Na Inglaterra é Jeffrey Archer quem vende mais livros, mas seus “bestsellers” dificilmente são tidos como obras de mestre literárias.

-O que é importante é a satisfação privada – quer dizer, se alguém está feliz consigo mesmo e com seu trabalho - Isso é algo que algo que não pode ser medido em termos de vendagem. Celebridade somente cria problemas.

-Eu não quero ser como Phil Collins. Todos dizem que ele é ta legal, que o sucesso não subiu para a cabeça. É possível que ele seja uma pessoa vulgar (comum?), mas dizer que ele é a mesma pessoa agora que costumava ser é contraditório. Você não pode ser isso com todo aquele sucesso e fortuna.


Relutante como de costume, David se recusa a nos dizer qualquer coisa além de detalhes técnicos sobre suas músicas de “Lifelines”.


3 comentários:

Receptivo Andaraí disse...

muito legal, é mt importante saber o que eles estao pensando no momento. abraco a todos

Brunno Nunes disse...

Essa entrevista foi na época de seu quinto álbum>> Lifelines-1991!
Que fique bem claro! ^^

Receptivo Andaraí disse...

nao faz mal. qualquer reportangem desses caras é o maximo. po. é uma incrivel fonte de consulta.

Dire Straits

Dire Straits
A voz e a guitarra do Dire Straits ao vivo em Cologne, 1979