domingo, 18 de novembro de 2018

Down the Road Wherever- Impressões





Down the Road Wherever é o mais novo registro de Mark Knopfler, seu nono álbum de estúdio em carreira solo. Lançado em 16 de novembro de 2018, o ábum conta com 14 faixas e pelo menos 6 faxias bonus que estão disponiveis apenas no box ou na versão delux.

1. "Trapper Man" 6:00
2. "Back on the Dance Floor" 5:30
3. "Nobody’s Child" 4:16
4. "Just a Boy Away from Home" 5:12
5. "When You Leave" 4:12
6. "Good on You Son" 5:37
7. "My Bacon Roll" 5:35
8. "Nobody Does That" 5:15
9. "Drovers' Road" 5:05
10. "One Song at a Time" 6:17
11. "Floating Away" 5:02
12. "Slow Learner" 4:34
13."Heavy Up" 6:00
14. Matchstick Man" 2:52

Rear View Mirror [Bonus Track]
Pale Imitation [Bonus Track]
Every Heart In The Room [Bonus Track]
Don’t Suck Me In [Bonus Track]
Sky And Water [Bonus Track]
Back In The Day [Bonus Track]
Drovers’ Road [Bonus Track]


 Eu vou deixar as minhas primeiras impressões sobre

Down the Road Wherever: A principio eu já elaborei Meu top 5, pelo menos para o momento: 

1-Every Heart In The Room [Bonus Track]
2-One Song at a Time
3-Heavy Up
4-Trapper Man
5-Back On The Dance Floor

 Eu tenho ouvido o novo álbum esses dias no carro. Em relação aos álbuns anteriores de sua discografia, percebi que a maioria das músicas desse novo trabalho possuem uma marcante assinatura do Guy no formato e arranjos das canções, isso leva a musicalidade de Mark Knopfler para outra direção que se afasta do sonoridade clássica do mestre,  isso não me cativou com a profunidade de álbuns como Sailling to Philadelphia ou Shangri-la (meus dois prediletos de sua carreira solo), não é um álbum que possui aquele clima raiz Country do Ragpicker Dreans ou Celta como o Kill to the Crinson. Down the Road Wherever possui um aspecto ecletico presente no Shangri-la, porém, com mais ênfase. Se diferencia em muitos aspectos dos álbuns anteriores, uma presença marcante de metais, uma valorização a texturas sonoras dos anos 70 e 80, "Nobody Does That" é um exemplo que nos remete a algo de JJ Cale dos anos 70. Para além, ele está dando uma guinada para outra direção, modernizou algumas coisas, isso trouxe um novo sabor, não me agradou muito nesse aspecto, gosto muito mais do som clássico de MK, a meu ver o grande problema desse álbum é a produção, ele deu muito espaço para Guy nesse álbum e isso fez com que a sonoridade dele fosse levada para outro ambiente sonoro, espero que ao vivo isso ganhe uma outra textura.

Os licks e solos de guitarra não estão em seus melhores momentos, não há solos com aquele feeling e profundidade do solo de So Far From The Clyde, ou a doçura de um solo como Everybody Pays ou ao menos um solo no nível do solo de Our Shangri-La (o que não é exigir muito). Por outro lado, (pra compensar), as intervenções com os solos com slides nesse álbum, pelo menos pra mim, ele está no seu melhor momento, o que ele fez nesse sentido em Just A Boy Away From Home foi sem precedentes, é de fato lindo e genial.

 Não obstante, algumas músicas foram crescendo em mim com o passar dos dias, Drovers' Road e Every Heart in The Room são as minha prediletas, (pelo menos no momento) ambas, fazem parte dos bônus. Gostei mais das músicas que não possuem intervenções marcantes do Guy, são elas Nobody's Chile, Just a Boy Away..., When You Leve. Heavy Up achei bem divertida, creio que ela possa ficar no lugar de Postcards from Paraguai nos shows, adorei o clima alegre da canção, Sky and Water poderia está contida no álbum Golden Heart tranquilamente.

 No mais, as coisas vão se encaixando no seu devido tempo, agora é aguardar a nova turnê que deverá iníciar em Abril de 2019, já comprei meu ingresso para poder assistir um show do mestre, já que ele aqui não vem mais, eu estou me programando para ir a Portugal em 30/04/2019 e ter a experiência que me falta como Knopfleriano, tenho certeza que será emocionante, inesquecível e memorável!

  Brunno Nunes.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Considerações acerca da indução do Dire Straits no Rock & Roll Hall of Fame-2018



Saudações Knopflerianas!!!

Não poderia deixar de expressar minha opinião, como fã da banda, sobre a introdução do Dire Straits ao Rock & Roll Hall of Fame 2018.

Logo quando foi lançada a votação das bandas que iram ser introduzidas na edição do Rock & Roll Hall of Fame 2018, eu e muitos outros fãs do Dire Straits começaram a votar no Dire Straits para que fossem introduzidos, fiz isso na esperança de ver minha banda preferida reunida por uma causa nobre, a sua história e sua obra, tenho certeza que esse foi o pensamento da maioria. Mas, não demorou para nos depararmos com o silêncio de Mark Knopfler, um silêncio estranho, afinal, sua homepage oficial anunciou que a banda seria induzida. Não irie entrar no merito das razões que levaram Mark Knopfler se manter ausente na cerimônia, bem como não declarar absolutamente nada a respeito, se fez certo ou errado, isso a História dirá.

Fato é que isso levou a uma divisão de opiniões entre os fãs e mais fieis seguidores, uma parte acha que ele foi mediocre e egoísta, pois não pensou nas pessoas que votaram na banda que o fez famoso, foi considerado uma ingratidão da parte dele o não comparecimento em um ato público como esse. Outra parte defende que ele fez certo em não comparecer, que está sendo honesto consigo mesmo, uma vez que não olha para o passado e que como artista, não deve nada ao seu público, pois não obriga ninguém a comprar seus álbuns e irem em seus shows.

Particulrmente eu acho isso radical, prefiro outra perspectiva, a de que a história da banda é algo maior que as diferenças entre os membros da banda e que Mark deveria deixar de lado qualquer diferença e se juntar com o seu irmão, membro fundador, assim como John e Pick, e junto a Alan Clark e Guy tocarem algumas canções e estariam deixando uma marca muito bonita na altura de sua trajetória. Lamentavelmente não foi isso que ocorreu!

A forma como sucedeu, seria mais sensato se nenhum deles se fazem presentes, assim como fez Mark Knopfler. Seu irmão acabou não comparecendo depois que o evento não cumpriu o que havia prometido, custear suas passagem e demais despesas. A maneira tosca como foi feita a introdução do Dire Straits no RHF foi de forma ardilosa, ninguém introduziu a banda, tendo John que fazer isso por conta própria, escreveu uma "colinha" numa folha de papel em 15 min... A maneira como tudo aconteceu lá, nada foi por acaso, na verdade, tudo aparenta ter sido programado para ser uma tentativa deliberada de punir o Dire Straits porque Mark não compareceu.



Foi desprezível a forma como agiu esta instituição para com o Dire Straits, eles não apenas puniram a banda, mas nós, seus fãs. Por outro lado, ver parte da banda sem seu membro mais importante presente foi algo estranho, e que exprime um certo vazio. Não obstante, John Illsley é um lord, ele sempre foi a cola que manteve a banda unida, fez seu papel de forma brilhante, já que estava presente nessa ocasião, o discurso dele foi recheado de sinceridade e gratidão para com todos os que fizeram parte do Dire Straits, bem como para os fãs da banda. Mas, vendo o vídeo, é notável que há algo de desconfortável entre eles, principalmente entre Alan e Guy. Enfim, já aconteceu, tá registrado na História e fica essa imagem que denota um certo vazio, nem precisa explicar a razão, por isso mesmo que eu fico com aquela máxima do tudo ou nada. Não vejo sentido nessa imagem, eles deveria fazer como Mark, David e Pick, recusarem se fazer presente.




Mas, o que importa mesmo é que o Dire Straits vendeu cerca de 100 milhões de cópias de álbuns de música de extrema qualidade, não precisa ser "introduzido" no Rock and roll hall fama, eles já escreveram um dos melhores capítulos da música contemporânea, além de que, RHF perdeu muito de seu prestígio durante os anos.



Dire Straits hoje é John Illsley, ele é quem respira a banda e ainda está com todo pique e traz consigo o sabor do Dire Straits, presentes em seus mais recentes álbuns e seus shows. A ele, todo meu respeito e admiração!

Brunno Nunes.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Analogias sobre o On The Night- (Revisada)



11 DE MAIO DE 2009 eu publiquei esse artigo sobre o On The Night, contudo, agora estou postando novamente, pois fiz algumas novas descobertas e achei que poderia ser interessante compartilhar esses detalhes que descobri. Aqui está, revisada.




Gostaria de abrir esse espaço para analisar alguns aspectos interessantes e incoerentes desse show, em relação aos lançamentos oficiais da banda.

Confiram o que está por trás do On The Night.


Primeiramente, sabemos que é um show mutilado, aqui está o aspecto incoerente, afinal, não existe um show do Dire Straits que eles não tenham tocado Sultans of Swing, e o On The Night peca na ausência de músicas que sempre estiveram presentes no set list da OES Tour, músicas como SOS, Tow Young Lovers e Telegraph Road ou (Tunnel of Love).
Isso é algo lamentável, por  ser um lançamento oficial da banda, o On The Night não mostrou a realidade na íntegra de um show da On Every Street Tour, ficaram de fora as (então) novas roupagens de clássicos citados acima!

No entanto, a desculpa de Mark Knopfler para esse fato não foi nada convincente, dizer que a ausência de SOS, Tow Young Lovers e Telegraph Road ou (Tunnel of Love) deve-se ao fato de já estarem contidas no show Alchemy, lançado em 1984, não convece, afinal, o Dire Straits tem uma característica brilhante, a cada turnê acrescentar novos arranjos nas canções, mudando sempre a dinâmica, sem perder a magia e do Alchemy para o on the Night muita coisa mudou na estrutura da banda, além da evolução dos músicos e consequentemente das canções!




Gostaria de chamar atenção para os seguintes detalhes , justamente para se ter uma ideia do panorama de como poderia ser se o On The Night fosse lançado fruto de um show na integra:

Fiz uma pesquisa em meus bootlegs da OES Tour, e acabei descobrindo que o On The Night foi produzido graças à filmagem de quatro shows e não de três shows como pensava-se antes:


Observei detalhadamente esses quatros shows no decorrer de alguns dias e cheguei às seguintes conclusões:

O On The Night é fruto de dois shows em Nimes e dois shows Rotterdam, ambos em Maio de 1992.

Observem abaixo as faixas contidas no show On the Night e de quais shows foram escolhidas para montagem desse álbum:



1-Calling Elvis
2-Walk of life
3-Heavy fuel
4-Romeo and Juliet
5-The bug
6-Private investigations
7-Your latest trick
8-On every street
9-You and your friend
10-Money for nothing
11-Brothers in arms 
12-Solid rock
13-Wild theme

Les Arenes, Nimes FRA 20. 05.92 [3, 4, 5, 6, 7, 8]
Les Arenes, Nimes FRA 21. 05.92 [
1]
Feyenoord, Rotterdam HOL 30.05.92 [,2,13]
Feyenoord, Rotterdam HOL 31.05.92 [9, 10, 11,12]

Como vocês podem ver, a maioria das músicas foram retiradas do show em Les Arenes, Nimes FRA 20. 05.92*, seis músicas (o que aumenta ainda possibilidade desse show ter sido filmado completo), em seguida vem o show em Feyenoord, Rotterdam HOL 31.05.92 com quatro músicas.


No final, em cada um desses shows havia câmeras registrando o concerto, não sabemos se foram filmados completos, por enquanto estou no campo da especulação nesse aspecto, mas pelo menos tenho algumas certezas! 

Vejamos agora o set list real de cada um esses shows:



Les Arenes, Nimes FRA 20. 05.92

Calling Elvis
Walk of life
Heavy fuel
Romeo and Juliet
The bug
Private investigations

Sultans of swing
Your latest trick
When it comes to you
On every street
Two young lovers
Telegraph road
Money for nothing
Brothers in arms
Solid rock
Wild theme




Les Arenes, Nimes FRA 21. 05.92


Calling Elvis
Walk of life
Heavy fuel
Romeo and Juliet
The bug
Private investigations
Sultans of swing

Fade to black
When it comes to you

On every street
Two young lovers
Telegraph road
Money for nothing
Brothers in arms
Solid rock
Wild theme



Feyenoord, Rotterdam HOL 30.05.92
Calling Elvis
Walk of life
Heavy fuel
Romeo and Juliet
The bug
Private investigations
Olé, Olé
Sultans of swing
Your latest trick
I
 think I love you too much
On every street
Two young lovers

Tunnel of love
Intro Money for nothing
Money for nothing

Wild theme


Feyenoord, Rotterdam HOL 31.05.92

Calling Elvis
Walk of life
Heavy fuel
Romeo and Juliet
Private investigations
Olé, Olé
Sultans of swing
Your latest trick

You and your friend
On every street
Two young lovers
Telegraph road
Money for nothing
Brothers in arms
Solid rock



Observem que em cada um desses shows temos a presença de músicas raramente tocada ao vivo como no caso do show em
Nimes 20.05.92 temos a rara“When it comes to you”, o show do dia seguinte, Nimes 21.05.92 conta com "Fade to black", além de When it comes to you, em Feyenoord, Rotterdam HOL 30.05.92 é muito especial, temos a presença de “I think I love you too much” e “Tunnel of Love”, (música que foi ganhando menos espaço no decorrer da turnê, sendo substituída por Telegraph Road), o show do dia seguinte, Feyenoord, Rotterdam HOL 31.05.92 temos a fantástica "You and your friend", (Pelos menos eles pouparam essa pérola e disponibilizaram no On the night, considero o ponto alto desse álbum, pois foi a única raridade que preservaram para o On The Night, diante de outras raridades destacadas acima e que ficaram de fora!)
Enfim, sempre que penso nesses dados a respeito desse álbum, existe algo que paira em minha mente... se em cada um desses quatro concertos haviam câmeras registrando o concerto, então será que existem os registros completos de cada um desses shows?

É interessante notar que há alguns overdubs notórios durante o que é apresentado no lançamento oficial, algumas falas de Mark Knopfler antes de algumas canções foram retiradas, bem como foi adicionado overdubs de falas em certos momentos como em 2:58 do show, em Calling Elvis, no lançamento ofical Mark daá um grito de cumprimento a plateia, mas, não realidade ele não fez isso na gravação original, é fruto de overdub.  Canções como Calling Elvis e Money For Nothing foram notávelmente "enxugadas", cortaram algumas partes dessa duas canções, (overdubs), de maneira que no On the Night, essas canções não estão na íntegra como na gravação em aúdio nos respectivos bootlegs. Les Arenes, Nimes FRA 21. 05.92 e Feyenoord, Rotterdam HOL 31.05.92. ( O mesmo ocorre com álgumas músicas no Alchemy, eles costumam "enxugar" algumas canções, falas de Knopfler são retiradas, além de algumas passagens instrumental, ver Romeo and Juliet no Alchemy lançamento oficial e bootleg 1983.07.23 - Last Night at the Hammersmith.)

Imaginem só a possibilidade de poder assistir esses shows na íntegra, contemplar em vídeo uma versão de Tunnel of love em plena OES Tour, When it comes to you, Fade To Black ou I think I love you too much, com a qualidade de vídeo e imagem do OTN? Seria incrível!!!

Ainda bem que existem shows transmitidos pela TV como o Basel 28.06.92 e o Nimes 29.09.92, pois podemos apreciar músicas que ficaram de fora do On The Night como SOS, Tow Young Lovers e Telegraph Road. 

Basel 28.06.92 e o Nimes 29.09.92 mostram fielmente um show da OES Tour, ao contrário do On The Night, que além de ter sido montado tendo como alicerce quatro shows, foi mutilado, observem que até a versão de Money for Nothing do On the Night teve sua introdução (onde a banda tem um momento de descontração com a platéia) e o final (onde existe um solo de bateria) cortados! ¬¬


O set list do Basel 28.06.92 e o Nimes 29.09.92 são iguais, seria maravilhoso se houvesse a presença da linda Tunnel of Love em um desses shows, já que não esteve presente no show On The Night, “pelo menos no lançamento oficial!” =(


Será que um dia esses shows iriam estar disponíveis, acho difícil, mas não custa nada sonhar, ainda mais quando existem grandes chances desses registros existirem! ^^

Brunno Nunes.




Dire Straits

Dire Straits
A voz e a guitarra do Dire Straits ao vivo em Cologne, 1979