domingo, 18 de abril de 2010

Sobre os shows mais recentes da Get Lucky Tour- 2010

Gostaria de compartilhar um pouco de minha visão a respeito da estrutura das canções, e no que diz respeito ao setlist dessa recente turnê de MK.

Lembrando que ainda está no início da turnê e muita coisa ainda pode aparecer, tudo é possível!

Posso dizer que no geral, as canções que mais apreciei foram, (na ordem): Coyote ,Border reiver, Prairie Wedding, Remembrance Day, Donegan's gone, Sailing to Philadelphia, Hill farmer's blues e Why aye man.

Achei interessante a intro de Speedway at Nazareth é com flauta, outra coisa que fiquei gamado foi a intro de Donegan's Gone um sentimento muito Blues, a presença de um banjo (salvo engano) é algo que deixou inda mais charmosa a canção, esse banjo segue na Band introduction e em Marbletown , tem uma passagem muito bonita com a flauta ainda em Marbletown.

Why Aye Man com mais "sustância" que antes.

Border reiver na abertura e Piper to the end para encerrar so show, não podia ser diferente para essa turnê, ficou perfeitamente cabível!
A introdução de Border reiver é umas das coisas mais lindas e cativantes que eu já me deparei na obra Knopfleriana,ela exprime um sentimento de sua infância, que por sinal ainda vive nele. Realmente esse é o melhor lado de Knopfler hoje em dia, ainda capaz de tirar mais uma linda canção de seu coração e nos presentear em seu álbum Get Lucky, que vem recheado com lindas pérolas!

Músicas como What it is e Sailing to Philadelphia estão cada vez mais lindas. Sailing to Philadelphia novamente interpretada em dueto, como ocorreu em alguns shows da STP tour 2001, a introdução de flauta que iniciou na turnê passada é lago que a torna ainda mais elegante. no entanto, Coyote foi à grande surpresa pra mim no show EUGENE 2010> 11/04/10, woww... Essa música ficou d+!!! Muito bem-vinda! ^^


Mas ouvindo o Bootleg EUGENE 2010, fiquei viajando entre momentos de encantos e desencantos!

Como citei, as que mais gostei foram, (na ordem): Coyote ,Border reiver, Prairie Wedding,Remembrance Day, Donegan's gone, Sailing to Philadelphia ,Hill farmer's blues e Why ay, contudo, tocar certas músicas por obrigação, sem tesão, não vale a pena nem para ele, nem para os fãs! Estou me referindo a canções como SOS, Romeo and Juliet, TR.

Vendo alguns shows da turnê passada, (KTGC Tour 2008), ficou claro pra mim, ele já perdeu o tesão em tocar certas e isso acaba atingindo certos fãs, os quais eu faço parte. Particularmente, venho perdendo o interesse em ouvir as músicas que ele toca do DS em suas últimas turnês, pois elas não estão mais em um processo de evolução “gritante” como em certas músicas de sua carreira solo. Posso citar uma que me chamou muito atenção nesse aspecto de evolução: Donegan's Gone, aquele sentimento Blues enfatizando e colocado na canção foi definitivo para fazê-la brilhar muito mais do que clássicos como R&J, SOS, TR! (Pelo menos pra mim, isso é algo que me surpreende por ser imprevisível, porém é real)


Sim, estou convencido que ele está cansado de certas canções, então porque não mudar de vez, já que ele faz o que quer, o que gosta? Isso pode soar pretensioso, mas essas canções do DS não funcionam mais com sua banda atual, nem de longe tem o brilho que havia quando tínhamos a presença de John e Alan, por exemplo, certo que ai já é Dire Straits. (Não quero dizer com isso que os músicos que estão com ele sejam ruins, mas, a química deles está para Why aye man, What it is, Sailing to Philadelphia, Marbletown, Speedway at Nazareth... assim como Romeo and Juliet, Sultans of swing, Telegraph road... estão para John e Alan!)


Acredito que ele poderia quebrar esse "desencanto" tocando outras canções do DS no lugar de certas canções como essas que vem cotando, pelo menos revezar, acrescentar músicas como ( Love Over Gold, Wild West End, News, Southbound Again, Private Investigations, The Man's to Strong, On every Street...) ele poderia dar novas roupagens, experimentar dar novas texturas, deixá-las adequadas para a fase atual quem sabe!

Tudo isso ele poderia fazer, mas infelizmente se prende a um eixo musical contido no setlist que não vem valendo a pena "pagar pra ver", excerto, para novos fãs, que são minoria, o pessoal que vai a seus shows são fãs veteranos em sua maioria, pessoas que acompanham seu trabalho da época do Dire Straits.

Apesar de ser um grande fã e ter um pouco de conhecimento sobre o DS e sua carreira solo, eu me considero um jovem fã. Jovem no sentido de ter descoberto a banda a pouco mais que 10 anos, em meados de 1998, enquanto muitos aqui conhecem a banda a bem mais tempo que eu. A diferença está na disposição, esforço e interesse que cada um de nós tem em se aprofundar no assunto. (Isso não me faz melhor ou pior que ninguém, o que realmente importa é o que cada um traz no coração e eu gosto de contribuir da minha maneira).



Saindo "do lado escuro da lua", falando dos encantos que me deparei com esse show, a que mais me satisfez foi Coyote, não imaginara que essa música seria tão boa ao vivo, espero que ela continue no set dessa turnê!

Nessas canções que ele nunca tocou ao vivo é onde eu vejo mais "sustância", imaginem ouvir músicas nunca tocadas ao vivo como: (The Scaffolder’s Wife, Madame Geneva’s ,Punish The Monkey. 5.15 a.m. Sucker Row, Silvertown Blues), ou até mesmo quem sabe>> Southbound Again, que desde 1979 não é tocada por ele! oO

Acho que a grande nova surpresa será So far from the Clyde, (nessa eu ponho fé!) ^^

Honestamente, hoje não me importaria que seu show fosse só de canções de sua carreira solo, não deixaria de ser coerente, a meu ver, que conservasse apenas uma ou duas do DS, (TR ou BIA), mesmo se fosse só com músicas da carreira solo, para mim seria mais válido e interessante, e conheço pessoas que compartilham dessa minha opinião.

Quem quiser que não queira enxergar que ele perdeu o tesão em tocar SOS, claro que a maioria acha o grande momento do show, mas convenhamos, já temos mais a SOS de antes, a exemplo as versões da Shangril-La Tour 2005 e quando se ouvi a versão do Alchemy, ai é que a coisa fica impressionante, o que ele já pode oferecer e hoje não pode mas, por [ns] motivos, contudo, o principal deles a meu ver é que ninguém tem “saco” de fazer sempre as mesma coisa, tocar sempre as mesmas músicas.

SOS é uma canção que já fui muito bem trabalhada, várias roupagens diferentes, quem acompanhou a primeira evolução musical que fiz, sabe bem o que quero dizer, assim como R&J, e TR segue no mesmo contexto, então você para e pensa, nossa... quantas músicas não tiveram essa oportunidade de serem mais trabalhadas, lapidadas!

Pessoal, como pode uma canção igual a Down to the Waterline, (indiscutivelmente um clássico do Dire Straits) ser deixada pra trás por quase 30 anos?) A última vez que essa canção foi tocada foi no último show da MM Tour 80/81, em Luxembourg-06.07.81 e assim foi com Lions, News, Angel of mercy, Where do you think you're going, músicas que ficaram às margens do esquecimento.

O que o leva a isso? ("Será que até agora ninguém disse a ele que essas músicas também fazem parte da vida de muitos fãs, que assim como eu, gostariam de contemplá-las sim de alguma maneira em seus shows?") Vou mais além, o que dizer de músicas que jamais foram tocadas ao vivo como: Communique, Hand in Hand (certo que a altura do campeonato é sonhar muito alto querer vê-las hoje em dia), mas enquanto a Wanderlust,Sands of Nevada, Old Pigweed, 5.15 a.m.*, Sucker Row, Don¹t Crash The Ambulance, The Scaffolder’s Wife, Madame Geneva’s, Punish The Monkey? Só falta ele deixar de lado uma pérola como So far from the Clyde! oO Se acontecer, não irei estranhar.

Eu não quero parecer pessimista, exigente, mal agradecido em meus argumentos, tendo em vista o que essa turnê está oferencedo aos fãs, afinal, sou um fã e tenho meus pontos de vistas, estou sendo realista, apenas isso. Claro, nem tudo está perdido, fico feliz em ver coisas como Coyote e Prairie Wedding, (que entrou no Bootleg Santa Rosa-2010-04-14) , grande iniciativa, além de apreciar as músicas do Get Lucky que entraram no set!

Mas outra coisa eu também estou convencido, muitos fãs da Europa estão fartos de TR, R&J, SOS do jeito que estão sendo apresentadas, não sou o único lunático desse planeta! =)

Brunno Nunes.

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabens pela postagem , concordo com você , é um absurdo o MK não tocar mais as musicas maravilhosas como por exemplo South Bound Again , que tem uma puta pegada de guitarra que eu não consigo fazer igual e diversas musicas maravilhosas que ninguém conhece , mas mesmo assim MK está certo em não tocar mais elas , porquê isso morreu em 79 a vida continua , cada vez mais a mùsica está careta e capitalista agente perde a qualidade musical e nos precisamos de Get Lucky para conseguir achar algo legal , ele diferente dos outros roqueiros dos anos 60-80 prefere fazer coisas novas para viver o resto da alta idade fazendo boas musicas ,para ele mesmo , diferente de outros musicos como Peter (The Who) e Creendence preferem viver para ganhar dinheiro na base de sucessos de 30-40 anos atrás assim deixando cenario musical um lixo em que você ou cai na moda ou houve Trash e Heavy Metal atormentador.
Eric Clapton tambêm compôs muitas coisas marvilhosas, não sei se foi melhor que o Mark , ou pior parece que o Mark esta tocando musica da sua terra natal Escocia e o Eric virou bluseiro ao estilo Muddy Waters dificil conseguir compara-los

Brunno Nunes disse...

"MK está certo em não tocar mais elas , porquê isso morreu em 79 a vida continua"

Z.T, eu discordo 300. mil % de você nessa sua afirmação, essas cançãos não morreram, pode ser que pra você sim, mas não para mim e certamente para milhões... eu nem era nacido quando elas foram feitas e eu vivo ouvindo-as com muito orgulho e carinho. Acho até incorente de tua parte afirmar isto, uma vez que ao mesmo tempo tu citas em teu texto que acha um absurso ele não tocar essas canções, exemplificou Southbound Again, que você não consegue fazer a pegada igual... se morreu em 79, como é que tu escuta isso ainda?

Ao contrários de alguns artísta que você citou, realmente MK não vive do passado, isso chega a doer em fãs mais assiduos, pois ele renega coisas como: News, Tunnel of Love, Six Blade Knife, Love Over Gold, 5:15. AM, So Far from the Clyde... com isso ele só está favorecendo bem mais a um determinado tipo de fã, ou os fãs de coletânea, ou os que acabaram de conhecer o seu novo álbum em questão. Ele peca nesse aspecto, um pequeno detalhe faria muita diferença, bastava ele dar uma reformulada no setlits de seus shows. Mas graças a Deus que ele não para e continua fazendo obras primas!

Dire Straits

Dire Straits
A voz e a guitarra do Dire Straits ao vivo em Cologne, 1979