quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Crônicas sobre o primeiro álbum





Bom, hoje eu gostaria de abordar um período muito importante para o Dire Straits, a realização do primeiro álbum.

Isso é pede um pouco de>> Arqueologia Knopfleriana: ^^

O primeiro álbum do Dire Straits foi uma realização incrível. Inclusive hoje em dia, a música soa fresca e inspirada. Naquele tempo foi uma revelação, relaxante e estimulante, quanto tudo ao redor tentava chamar atenção com riffs repetitivos, o Punk em evidencia. Era o calor e sentimento, sem complicações, o melhor da música americana do momento, eclético em suas influencias, esse era o contraste do Dire Straits em plena era Punk na Inglaterra. Vinha do Rock and Roll, Country e Blues, liricamente e vocalmente muito britânico. Pela primeira vez em anos havia aparecido um guitarrista que tinha algo novo a mostrar.

Outra coisa marcante, é que este álbum é um álbum de canções melódicas e fortes. O quarteto estão ali para servi-las. O álbum está feito de forma cronológica, uma seqüência de eventos na vida de Mark.

A canção de abertura “Down to the Waterline” volta às memórias de Mark passeando pelo rio Tyne. No livro de Michael Oldfield, em um dos capítulos, David recorda do fundo de “Down to the Waterline”, quando Mark tinha 14 ou 15 anos, ele contava a David sobre como voltava cada noite de trem e via o rio e suas luzes. Recordando de uma noite que parecia perdesse com todas essas luzes e fez uma pintura do rio Tyne, a qual David cita que os seus pais ainda a tinha, colocada na parede. A imagem de Down to the Waterline vem de caminhar junto ao rio Tyne de noite com sua garota.


Enfim, a adolescência de Mark em Newcastle foi algo que mais tarde se converteriam em canções, especialmente no primeiro o álbum. Por isso tenho um carinho muito especial pelo primeiro álbum, ele é o mais envolvente para mim!

As quatros canções seguintes, referi-se a infelizes histórias de amor, o mais provável é que veio da ruptura de seu matrimonio.

Deste modo, na suave “Water of Love” canta: Uma vez tive uma mulher que podia chamar de minha/uma vez tive uma mulher, mas agora ela se foi. Cortando com “Setting me Up” Tudo o que querias era um pouco de ação/Agora falas de outro homem. Na obsessiva “Six Blade Knife” Todo mundo tem uma faca que pode chamar de sua/uma agulha, uma mulher ou algo que você não pode ver. Em “Southbound again” começa: Aquela mulher com seu amante/ ele não quer ver sua cara outra vez, mas termina com uma nota otimista: Estou cansado de viver / mas eu vou continuar tentando.
Em seguida nos leva as histórias em Londres com “Sultans of Swing” a canção mais memorável do álbum, segue com “In the Gallery” inspirada em uma visita que John e Mark fizeram em uma galeria de arte moderna que pertencia a um amigo de Mark em Shaftesbury Avenue. John cita: (Estávamos dando voltas pela galeria e não podíamos acreditar na merda que estávamos vendo. Era ridículo; não havia outra palavra para aquilo, pois no que diz respeito ao que estávamos vendo, não havia nada que se considerasse uma arte.
No caminho de volta, Mark ia sentado na parte traseira do carro e estava escrevendo. Não disse nada e voltamos para Deptford completamente em silêncio. Sai do carro e lhe perguntei se vinha e me disse: “tenho que terminar algo.” Veio uma hora mais tarde e havia escrito a canção.
A principio não tinha a melodia para a canção, no entanto, quando estávamos tocando em algum lugar, tínhamos uma melodia a qual achamos interessante. “Estávamos “sentados um dia quando Mark disse:” Hey, essas duas andam juntas.”. Coisas assim acontecem ocasionalmente, era divertido.)

Duas canções ricas em imagens tiradas dos passeis de Mark pela capital: "Wild West End" uma das preferidas dos primeiros dias do Dire Straits e Lions, escrita no momento em que estavam gravando o álbum.

Mas as canções são mais do que de uma perspectiva pessoal de Mark, sua vida e seus sentimentos: Existe uma mensagem universal. "Sultans" por exemplo é um retrato de uma especifica banda amadora, mostra a alegria de todos os músicos para criar e comunicar. Foi uma grande estréia e concequentemente, tornou-se um clássico do Rock.

Com o álbum pronto, uma pequena festa para celebrar o que eles tinham acabado de gravar com os membros da banda e a companhia de disco em um pequeno restaurante na Portobello Road.

Algumas curiosidades:

Interessante que quando Charlie Gillet passou a fita demo no programa,
a banda estava ajudando um amigo em uma mudança e não ouviram quando Charlie Gillet tocou a demo no programa e não ouviram, na verdade, eles não imaginavam que o Chalie iria tocar a demo no Porgrama, eles acham que le iria dar alguma ideia do que eles fazerem com a Demo. Bom, o fato é que imediatamente despertou interesse das companhias de disco.

Pela noite, a quantidade de trabalho começou a aumentar. Durante o dia John e Mark iam de companhia de disco em companhia de disco, escutando ofertas, falando de um futuro.

“Particularmente Jonh, sabia que este era um momento crucial.” John: Queríamos saber algo sobre as companhias de disco, não sabíamos nada.
As companhias de disco estavam impacientes para firmar com o Dire Straits. Uma nos ofereceu 1.500 libras para gravar o primeiro álbum.

David lembra-se de ver um homem da A&R em um concerto em King´s Head em Islington. Obviamente eu estava em um estado de êxtase, porque pensava que eles iam assinar com a gente. Eu não sabia que se saísse bem em um concerto em um pub rock significava muito. Pensei que eram bons, mas simplesmente condicionado a fazer boa música, eu não sabia se isso chegaria a algum lugar. “

Por recomendação do jornalista Richard Williams, a banda foi ver o advogado Robert Allan, que assumiu as negociações. (Pessoa muito importante no início do Dire Straits, não é a toa que o nome dele está na capa primeiro álbum, em agradecimentos) Finalmente conseguiram um contrato aceitável com a Phonogram e assinaram no Outono de 1977. Como resultado, Mark ganhou um contrato para a publicação de suas canções com Rondor.

---X---

Contrariamente à opinião popular, as bandas não se torna milionários do dia, assim como assinar um contrato com o rótulo tão rapidamente, no caso dos Dire Straits foi um ótimo trato e bastante incomum para uma nova banda, que lhe permitiam3 álbuns antes que a companhia decidisse se livrar deles. (Coisa que jamais acontecera!) ^^

A banda recebeu algum dinheiro para assinar, mas a maior parte desse dinheiro foi para pagar a gravação do disco, mais de 25.000 libras-não-reembolsáveis, ou seja, sem que nenhuma das despesas que vinham de royalties da banda. (Posteriormente, o contrato foi renegociado e os três primeiros álbuns custam mais de £ 150.000 para o quarto único Love Over Gold, custando cerca de £ 110.000).

A necessidade urgente da banda agora era conseguir um empresário que organizasse sua carreira e os ajudassem a sair dos pubs e clubs e fazer turnês de verdade. John Stainze constatou Ed Bicknell nos princípios de 1977 para dizer que a Phonogram havia assinado com o Dire Straits e necessitava urgente de um agente para conseguir-lhes concertos.

Ed foi para os escritórios da Phonogram , ouviu a fita demo de Charlie Gillet e ficou impressionado imediatamente. Fui convidado para jantar em Dingwalls, um clube no norte Londres e quando entraram, o Dire Straits começou com sua primeira canção "Down to the Waterline”
"A primeira coisa que eu reparei é que não era necessário estar no fundo da sala, estava muito quieto. Tinha acabado de se apresentar The Ramones, que eram ensurdecedores.

"A segunda coisa que eu notei foi que Mark estava tocando uma Fender Stratocaster vermelha, que imediatamente me fez pensar de Hank Marvin, E uma forma ou de outra, eu fui atraído para ela canções. O que nós estávamos tocando foi o que saiu de maneira consistente em seu primeiro LP, além de algumas canções. Basicamente é um tipo de música americana, coisas como "Eastbound Train", "Southbound again" ea versão jazzy de Chuck Berry, "Nadine".

"Na segunda ou terceira canção, fui a Stainze e disse," Eu gostaria de ser o manager desta banda, são ótimos. Digo-te uma coisa John, te daria 5% do que fizer com eles, se me conseguir esse grupo. “E ele me disse: "Porra Ed, isso é desnecessário."Ed- eu estava muito animado, eu não sabia como fazer para tê-los. O concerto terminou e Stainze levou-me até os rapazes. Quando entrei, tropecei em cima da Strat vermelha e ela caiu no chão e todos me olharam como quem diz: "O que esse cachorro está fazendo?" (rsrsrsrs) =D

No dia seguinte, Mark, John e David foram para o gabinete do Ed, que foi rapidamente transformada em um grande escritório gerente.

Ed estava trabalhando na agencia NEMS agência, principalmente conseguindo turnês para a nova onda americana, como Talking Heads, Ed deu-lhes cópias do disco de 77 do Talking Heads, e os três músicos saíram de lá para pensar na oferta. David foi relutante, Mark e John pensaram que Ed estava completamente louco, mas parecia saber o que estava fazendo. Eles ligaram no dia seguinte e disseram que aceitavam a proposta. “As rodas tinham apenas sido posta em movimento.”
Foi aí que colocou o Dire Straits para abrir os shows da turnê britânica dos Heads, em Janeiro de 1978. Não demorou para o Dire Straits torna-se a atração principal! ^^

Após a turnê com o Talking Heads, em Janeiro de 1978, o próximo passo era conseguir um produtor para o primeiro álbum, não foi uma tarefa fácil para uma banda que não era conhecida, a qual suas músicas não estavam na moda.
A lista composta por dois nomes: Pete Gage que costumava tocar com Vinegar Joe, e Muff Winwood. O irmao de Steve Winwood, havia sido membro do grupo Spencer Davis era um respeitado produtor. Winwood tinha tempo e os Straits foram para Island Studios, em Basing Street, oeste de Londres, em 14 fevereiro.

O material era essencialmente o mesmo que estavam tocando nos concertos, apesar de ter deixar de lado músicas como “Sacred Loving” escrita por David e fazia parte da demo original, Nadine de Chuck Berry," Real Girl ", uma divertida música com a letra baseada em uma anúncio da revista Time Out London e "Eastbound Train", um boggie que apareceu mais tarde em um álbum e compilação o lado B de "sultans do Swing".

John continua: "Nos foram dadas três semanas para fazer o álbum, que naqueles dias parecia muito tempo para utilizar o estudo, mas, resultou que precisamos de mais uma semana. Conhecíamos todas as músicas virtualmente, mas quando chegamos ao estúdio, tivemos que começar por baixo e trabalhar todas novamente. E quando desempenhamo-las soaram muito melhor, por isso deixamo-las assim. "

Ed disse: "As duas coisas que eu lembro é Muff dizia constantemente dizendo a Pick de tocar tempo de em vez de cheia, e Pick ficava um pouco fartos de tudo isto. "Da maneira aleatória que tudo isto se passava, Muff tinha seu tempo no estúdio e quando foram fazer o orçamento, ele aceito os 500 libras de adiantamento, em vez de 50% dos royalties, o
"Não havia muitas idéias sobre o que o álbum oferecia, na realidade, As canções falavam por si mesmas. Ninguém veio para dizer-lhes para colocar um sintetizador. John Steinze tentava por um monte de idéias e Muff também, mas basicamente o que foi gravado o que eles estavam tocando na turnê. Segundo Muff, se tivesse feito um álbum ao vivo, haveria quase nenhuma diferença.

Muff: "Eu não influencio na escolha das músicas. Posso ir aos ensaios e dizer, "não creio que essa canção funcione ", ou qualquer coisa assim, mas geralmente falar de música, nesse momento dependia deles. Agora cabe a Mark. Phonogram nunca havia interferido artisticamente desde o principio, fizemos as coisas a nossa maneira. É um pouco como se fosse um pequeno planeta que está conectado com o cordão umbilical a Phonogram, envie-nos as suas músicas e eles mandaram os discos. "

Obs:
(Parte dessas informações foram retirdas do livro de Michael Oldfield, em inglês)


Brunno Nunes.

3 comentários:

Carlos Werzel Júnior disse...

Muito interessante a história sobre o 1º álbum do DS.
Adoro esse álbum também :)

Com sua permissão Brunno, vou utilizar uma parte do texto para um programa q vou fazer sobre o início do Dire Straits, na web-rádio de um amigo meu.
O link é esse: http://radiouu.blogspot.com/
Se quiser ouvir lá, fique à vontade. Meu 'programa' é o Baú do Carlão.
Abraços

Brunno Nunes disse...

Tudo bem, Carlos.
Gostaria que me comunicasse quando tiver disponível, pois gostaria de conferir!

Abraçooo!!!

Unknown disse...

Também achei. esse álbum é meu preferido e a gente nota que apesar de ser o primeiro nunca perde sua essência que cativa em cada música!
Digo "apesar de ser o primeiro" pois vieram outros fenômenos de álbuns seguintes, mas akele primeiro tem um estilo bem especial!!O estilo dos 4 garotos sem dinheiro transformados em astros em 1 semana!^^

Dire Straits

Dire Straits
A voz e a guitarra do Dire Straits ao vivo em Cologne, 1979