sábado, 15 de outubro de 2011

Crítica sobre o cenário atual.

Eu já começo a ver ver alguma luz no fim do tunel com relação ao novo. Me veio três aspectos interessantes:

1- É possível que canções como Privateering e as outras novas que ele tocou, estejam ambas, ou alguma delas, em processo de construção, assim como ocorreu por exemplo com as pre-versão de Lady Writer em 78, Telegraph Road em 1981 e se forem para o novo álbum, venham sofrer algum tipo de alteração, retoques .

2- Estas canções talvez nem venham aparecer no novo álbum, uma canção como Pyroman foi assim, foi apresentada apenas na STP tour 2001 e não passou disso, tais canções ou alguma delas venham se solidificarem como Beside. (Embora eu acho remota essa possíbilidade, mas tendo em vista a personalidade imprevisível de Knoplfer... vai saber)

3- A luz que vejo e que fico feliz é que ele está com uma pegada mais firme na guitarra, as versões estão mais energicas, pelos menos as que eu ouvi. Tomara que esse padrão se mantenha linear, ou pelo menos estável, já é possível encontrar versões de What it Is bem melhores que as das turnês como KTGC e GL tour.

Com relação a canção Corned Beef City eu concordo com o que Marcos citou na comunidade do Dire Straits no orkut, ela bem cabe no contexto do ATR, contudo, aquela guitarra com Slide, a levada me remete mais a This is Us do que Belle Starr, por outro lado, percebo que a maioria continua focando apenas no quesito guitarra, quando ela não é mais a priori. Como eu havia citado aqui no Blog, "é notável que estamos acostumado com o padrão linear de mudança de proposta musical que ocorria antes, e hoje o padrão lienar que existe é o quesito composição e isso muitos não estão se dando conta. No fim, acredito que todos queremos que ele volte ao equilibrio guitarra/composição, é o que parece, concordam?"

Não obstante, eu não acho que esteja frustante de modo geral, ainda temos novo sangue nas canções, novas texturas para apreciar nas canções com a baterial de Ian Thomas (que pouco vi alguém abrodar) e não porque não seja notável tal baterista, pelo contrario, o cara é bom, e sinceramente, eu estava sentindo falta de justamente isso. A bateria sempre foi um fator determinante que mexeu com a energia das canções, Pick, Terry, Criss, Chad e Danny, há sempre uma experiência distinta em ouvir uma canção com Sultans of Swing com cada um destes, metaforicamente, é como você escolher uma camisa a seu gosto para alguma ocasião, você tem as opções, e agora teremos uma nova textura para cada canção com Ian Thomas.

Mal posso esperar para conferir as novas texturas no setlist apresentado na próxima tour.

E é claro, não podemos deixar de focar a presença de Jim Cox, que é um grande musico, capaz de grandes feitos nas canções, isso nós já vimos na GH tour 96 e agora é excelente sua presença novamente.


Das duas primeiras turnês da carreira solo de Knopfler- GH 96 e STP 2001 para a atualidade, eu vejo apenas melhorias no quisito voz e composição, é um absurdo, mas salvo as canções novas, é incrível como ele segue repetitivo com o setlist, sempre essas mesmas canções que ele aproveita dos discos a cada ano, creio que Knopfler está perdido em cada turnê neste aspecto, ele estado preso a esse repertório por 6 anos.


Quando somamos isso a o fato dele ser um artista com mais de 30 anos de carreira é algo que chega a ser ridículo, ele simplesmente está compactando sua carreira em apenas no que vem apresentando ao longo destes 6 anos.

Porque não So Far from the Clyde no lugar de Brothers in Arms, The Man's too Strong no lugar de Speedway At Nazareth, Setting me Up, ou melhor ainda, Southboud Again no lugar de Marbletown, You can't beat the house no lugar de Song For Sonny Liston, Sucker Row no lugar de Done With Bonaparte, váriar Boom, Like That com What it Is, trazer canções como 5.15 A.M, Wanderlust, ao invés de resgatar novamente (em apenas uma ou duas miseras ocasiões como ocorreu na GL tour e agora nesta turnê) A Night In A Summer Long Ago, porque não Darling Pretty???

Essas coisas que me deixam triste de momento, e desmotivado em apreciar o repertório na íntegra, estou farto de quase tudo que ele vem apresentando nos últimos 6 anos, e quanto mais perto da atualidade, menos interesse eu tenho, RJ, SFA, BIA, SOS, TR, essas ai já foram exploradas de várias maneiras, saturou, What it Is, Speedway At Nazareth, Done With Bonaparte, Song For Sonny Liston estão no mesmo caminho, isso é estranho, não entendo como ele mesmo não se aborrece em ficar neste mesmo eixo, tornado-se uma especie de refém de um esquema quase identico nas últimas 4 turnês.

Como fã, as vezes me sinto como Moises no deserto andando em circulos em busca da terra santa Canaã, quando chega perto de uma nova tour, uma nova expectativa, quando estamos na tour, vem a sensação que descrevi logo acima... Sei não... onde iremos parar dessa forma? Será que chegaremos na "Knopflerland", onde as canções esquecidas estão lá para serem apresentadas, canções estas que se tornaram sagradas, o verdadeiro Shangri-la Knopfleriano.

Só o tempo dirá!

Salve-se Quem Puder!!!!!!! ^^

Brunno Nunes

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Dire Straits

Dire Straits
A voz e a guitarra do Dire Straits ao vivo em Cologne, 1979